Professora
Dra:
Ariella
Turmas:
1ª séries E, F e G (noturno)
Disciplina:
SOCIOLOGIA
Canal
de resposta:
ariellaaraujo@professor.educacao.sp.gov.br
Período
de envio: até 22/06/2010
Plantão
de dúvidas
1E
Quinta-Feira das 22h15 às 22h50. Sexta
Feira das 21h30 às 22h15)
1F
Segunda-Feira das 19h00 às 19h45. Sexta-Feira das 21h30 às 22h15)
1GSegunda-Feira
das 20h45 às 21h30. Quinta-Feira 4 das 10h20 às 11h05)
Material
utilizado
Livro
didático Sociologia para Jovens do Século XXI (textos aqui anexados) e Aula
do Centro de Mídia São Paulo (CMSP)
Tarefa
1
Ler
o texto adaptado do livro e responder as questões relacionada à ele e ao texto Vida
Divertida ou Vida interessante? de ContardoCalligaris. Depois produzir um
texto em conexão com as reflexões que você tem feito sobre sua perspectiva
profissional ou trajetória de vida. Essa atividade é um aprofundamento da
pesquisa sobre Senso Comum e Conhecimento Científico e exercício prático da
Imaginação Sociológica.
Objetivo
Exercitar
o olhar sociológico através da interdisciplinaridade com os objetos de
conhecimento das Ciências Sociaise outros ramos do conhecimento
Habilidades
Desenvolver
a habilidades da leitura, interpretação, produção textual e interdisciplinaridade.
Orientações
1)
Ler o texto adaptado E quando alguns
adultos dizem que os jovens não se interessam pelas discussões da Sociologia?
2)
Assistir a vídeo-aula dada no CMSP
dia 21/05/2020 sobre o que é “natural” e
o que “estranho”
3)
Verificar o box-resumo aqui exposto
4)
Responder as seguintes questões:
a) Qual
a necessidade de estudar Sociologia?
b) Qual
a diferença entre Senso Comum e Sociologia?
5)
Produzir um texto reflexivo sobre a sua
escolha profissional e os motivos dessa
sua escolha. Se ainda não escolheu uma profissão, responda: a sociedade
influenciará na sua escolha ou você terá autonomia para fazer uma opção?
Observações:
São
duas atividades: 1) responder os exercícios; 2) fazer a redação. Fiquem atentos
aos prazos de envio e ao plantão de dúvidas. As atividades são utilizadas para
controle de frequência, ou seja, para não ficarem com faltas, entreguem as
atividades.Coloquem no assunto do e-mail Atividade 5, Nome e Série
para que seja rapidamente identificada. Caso não tenham computador em casa são
aceitas as atividades feitas no caderno/apostila por meio de fotos.
Texto adaptado: “E
quando alguns adultos dizem que os jovens não se interessam pelas discussões da
Sociologia?”
Provavelmente você já
deve ter ouvido na escola e/ou na sociedade afirmações do tipo: “Jovens não se
interessam pelas discussões da Sociologia”. Ou “é uma matéria que não serve para nada” e que há
coisas mais interessantes, inclusive, fora da escola. Porém, quando perguntas
desse tipo são feitas por muitos jovens sobre “para que afinal serve a
Sociologia”, e quando afirmam que é uma disciplina “chatas”, é preciso
compreender o que está por trás desses comentários. Para iniciarmos uma
reflexão, leia o artigo abaixo escrito por ContardoCalligaris (psicanalista
italiano que vive no Brasil) e publicado no jornal Folha de S. Paulo, em
12/12/2002, que relata a exigência dos jovens acerca dos estudos:
O que esse texto e os
pensamentos diante da Sociologia revelam? Mostram a
interpretação de muitos adolescentes sobre o que é viver e divertir-se,
que difere da visão de gerações
anteriores.
Trata-se de dizer que a
diversão não é necessária? Não, não é disso que se trata, mas
de evidenciar que nós devemos ter tempo para tudo na vida. Assim como devemos
reservar tempo para a distração e o lazer, também devemos reserva reservar
parte do nosso tempo para dar conta
das responsabilidades, como o estudo e, depois de formados, o
trabalho.
Devemos acrescentar
ainda que a nossa vida ea nossa
sociedade também merecem ser pensadas, compreendidas e, por que não,
modificadas e daí que surge a inspiração
e o compromisso da Sociologia. Além de nos levar ao entendimento da realidade social, o papel da Sociologia consiste em contribuir
para que repensemos a nossa visão de mundo, deixando de lado nossas
ingenuidades e preconceitos. Sua tarefa teórica é se contrapor ao chamado
senso comum, nesse caso, o que se considera como útil, ou seja, o que dá
prestígio, poder, fama e riqueza. Não se deixando guiar pelo senso comum,
embora parte dela, a Sociologia nos ajuda com conhecimentos para nos tornarmos
conscientes de nós mesmos e das ações de homens e mulheres que desejam
profundamente a liberdade e a felicidade.
Box-Resumo:O Senso
Comum X Sociologia
Senso Comum:
com base na sua pesquisa sobre Senso Comum pode-se dizer que ele se caracteriza
por opiniões pessoais, generalizantes, em coisas aparentes, sem fundamentos no
real. Ou seja, julgam-se coisas ou fatos específicos como se fossem coisas ou
fatos universais. Enfim, falsas certezas sem fundamentação científica, como por
exemplo, “todo bandido é favelado”, “todo político é corrupto”, “o povo
brasileiro é preguiçoso”, “tudo o que vem de fora do país é melhor”, “o Sol é
menor do que a Terra e é ele que gira ao redor dela”, etc. Pegando o exemplo do
Sol, esse tipo de visão pode parecer correta, já que partimos da própria Terra
como ponto de referência e a forma como observamos pode parecer que essas
afirmações são corretas. Porém, só parece, pois a Astronomia (ramo da Física)
com seus cálculos matemáticos e suas considerações físicas verifica na
realidade que o Sol é muitas vezes maior que a Terra, e desde Nicolau Copérnico
confirma-se na realidade que é a Terra que se move em torno do Sol (teoria do
Heliocentrismo). Da mesma forma que este simples exemplos, a Sociologia
recorrentemente defronta-se com o senso comum das pessoas, desdobrando-se em
imobilidades, discriminações e preconceitos.
Mas o que é uma atitude
científica em Sociologia?
É a atitude de, a
partir da constatação de um problema social, observar os fatos e a realidade
dos indivíduos e grupos, suas relações, formular uma hipótese de explicação,
pesquisar e estudar com maior profundidade o assunto e, ao final, pronunciar
leis ou tendências de que um fato possa ocorrer em razão de determinados
motivos.
Exemplo de uma atitude
científica em Sociologia: primeiro, delimitados um problema
social como o desemprego (é “social” porque atinge vários indivíduos).
Depois formulamos uma hipótese como “a política econômica de um governo
promove o desemprego”. Em seguida, passamos a observar a realidade utilizando
dados estatísticos em mãos, pesquisas com desempregados para ver os motivos que
levaram ao desemprego e etc.
O que esses dados, e
outros materiais utilizados revelam? Eles servem para comprovar ou refutar a
nossa hipótese inicial e assim verificamos se determinadas decisões políticas
governamentais tendem a provocar o desemprego em massa num país.
Outro exemplo: as
possíveis causas da violência. Ao contrário do senso comum, não devemos partir
para generalizações ao primeiro contato com um fenômeno social. É necessário
investigar as relações entre os fatos e acontecimentos e também suas raízes
históricas, como, por exemplo, a questão do racismo na sociedade brasileira.
Certamente, este fenômeno social tem fortes raízes na escravidão, mas
principalmente nas relações que o homem branco europeu estabeleceu com os povos
africanos e indígenas a partir do século XV. Portanto, posteriormente,
trabalharemos com várias teorias sociológicas, conceitos e temas que nos ajudam
a exercitar a nossa imaginação sociológica. Ou seja, vamos partir do senso
comum sobre como são entendidos os fenômenos sociais, sobre as relações que
existem entre os indivíduos e problematizar esse senso comum. E aquilo que pode
nos parecer “natural” nas relações sociais pode ser “desnaturalizado”,
deixando de ser visto como natural e até mesmo imutável, para ser compreendido
como é, algo social; ou, como nos diz Wright Mills, para compreender nosso
mundo cotidiano, vamos olhar além dele.
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