domingo, 8 de novembro de 2020

ATIVIDADE 22 - 1ªA,B,C e D - Língua Portuguesa e Literatura - Professor (a): Deusilene

 Professor (a): Deusilene Lima

Turma: 1ªA,B,C e D

Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura

Canal de resposta: deusilene@professor.educacao.sp.gov.br

Prazo de envio: 13/11/2020

Período de envio: 03/11/2020 a 06/11/2020.

Material utilizado:

Aprender Sempre – Volume 2, Livro didático, CMSP e Caderno.

Tarefas:

SEQUÊNCIA 3 – APRENDER SEMPRE V2.

1 -Leia atentamente a redação nota 1000 no ENEM 2014. Observe a organização dos parágrafos, o posicionamento da autora do texto e o modo como cada ideia é construída.

Por um bem viver

"O ornamento da vida está na forma como um país trata suas crianças". A frase do sociólogo Gilberto Freyre deixa nítida a relação de cuidado que uma nação deve ter com as questões referentes à infância. Dessa forma, é válido analisar a maneira como o excesso de publicidade infantil pode contribuir negativamente para o desenvolvimento dos pequenos e do Brasil.

É importante pontuar, de início, que a abusiva publicidade na infância muda o foco das crianças do que realmente é necessário para sua faixa etária. Tal situação torna essas crianças pequenos consumidores compulsivos de bens materiais, muitas vezes desapropriados para determinada idade, e acabam por desvalorizar a cultura imaterial, passada através das gerações, como as brincadeiras de rua e as cantigas. Prova disso são os dados da UNESCO firmarem que cerca de 85% das crianças preferirem se divertir com os objetos divulgados nas propagandas, tornando notório que a relação entre ser humano e consumo está "nascendo" desde a infância. É fundamental pontuar, ainda, que o crescimento do Brasil está atrelado ao tipo de infância que está sendo construída na atualidade. Essa relação existe porque um país precisa de futuros adultos conscientes, tanto no que se refere ao consumo, como às questões políticas e sociais, pois a atenção excessiva dada à publicidade infantil vai gerar adultos alienados e somente preocupados em comprar. Assim, a ideia do líder Gandhi de que o futuro dependerá daquilo que fazemos no presente parece fazer alusão ao fato de que não é prudente deixar que a publicidade infantil se torne abusiva, pois as crianças devem lidar da melhor forma com o consumismo.

Dessa forma, é possível perceber que a publicidade infantil excessiva influência de maneira negativa tanto a infância em si, como também o Brasil. É preciso que o governo atue iminentemente nesse problema através da aplicação de multas nas empresas de publicidade que ultrapassarem os limites das faixas etárias estabelecidos anteriormente pelo Ministério da Infância e da Juventude. Além disso, é preciso que essas crianças sejam estimuladas pelos pais e pelas escolas a terem um maior hábito de ler, através de concessões fiscais às famílias mais carentes, em livrarias e papelarias, distando um pouco do padrão consumista atual, a fim de que o Brasil garanta um futuro com adultos mais conscientes. Afinal, como afirmou Platão: "o importante não é viver, mas viver bem".

Após a leitura atenta, responda aos exercícios:

2. Qual é a ideia principal apresentada pela autora?

3. A autora usa fortes argumentos para defender seu ponto de vista. Aponte quais argumentos foram utilizados:

a. 2° parágrafo

b. 3° parágrafo

4. As escolhas das palavras valorizam a construção do texto. No caso da dissertação "Por um bem viver", o tema tratava da

Publicidade Infantil e, para tanto, a autora selecionou termos para se referir aos sujeitos em questão. Indique que palavras foram utilizadas para este fim.

5. Os argumentos apresentados reforçam a opinião da autora? Por quê?


Leia o texto abaixo para responder às próximas questões:


A MORTE DO LIVRO

Ferreira Gullar

A morte do livro como veículo da literatura já foi profetizada várias vezes na chamada época moderna. E não por inimigos da literatura, mas pelos escritores mesmos. Até onde me lembro, o primeiro a fazer essa profecia foi nada menos que o poeta Guillaume Apollinaire, no começo do século 20.

Entusiasmado com a invenção do gramofone (ou vitrola), acreditou que os poetas em breve deixariam de imprimir seus poemas em livros para gravá-los em discos, com a vantagem - segundo ele, indiscutível - de o antigo leitor, tornado ouvinte, ouvi-los na voz do próprio poeta. [...]

De qualquer modo, Apollinaire, que foi um bom poeta, revelara-se um mau profeta, já que os poetas continuaram a se valer do livro para difundir seus poemas enquanto o disco veio servir mesmo foi aos cantores e compositores de canções populares,

[...].

O mais recente profeta do fim do livro é o romancista norte-americano Philip Roth, que, numa entrevista, fez o prenúncio. Na

verdade, ele anunciou o fim da própria literatura e não por falta de escritores, mas de leitores. Certamente, referia-se a certo tipo de literatura, pois obras de ficção como "O Código Da Vinci" e "Harry Potter" alcançam tiragens de milhões de exemplares em todos os idiomas.

Outro fenômeno que contradiz a tese de que as pessoas leem cada vez menos é o crescente tamanho dos "best-sellers": ultimamente, os volumes ultrapassam as 400 ou 500 páginas, havendo os que atingem mais de 800. Tais dados põem em dúvida, mais uma vez, as previsões da morte do livro e da literatura. [...]

A visão simplificadora consiste em não levar em conta alguns fatores que estão ocultos, mas atuantes na sociedade de massa: fatores qualitativos que a avaliação meramente quantitativa ignora. Começa pelo fato de que são as obras literárias de qualidade, e não as que constituem mero passatempo, que influem na construção do universo imaginário da época. É indiscutível que tais obras atingem, inicialmente, um número reduzido de leitores, mas é verdade também que, através deles, com o passar do tempo, influem sobre um número cada vez maior de indivíduos - e especialmente sobre aqueles queconstituem o núcleo social irradiador das ideias.

Costumo, a propósito desta discussão, citar o exemplo de um livro de poemas que nasceu maldito: "As Flores do Mal", de Charles Baudelaire, cuja primeira edição, em reduzida tiragem, data de 1857. Naquela mesma época havia autores cujos livros alcançavam tiragens consideráveis, que às vezes chegavam a mais de 30 mil exemplares. Esses livros cumpriram sua missão, divertiram os leitores e depois foram esquecidos, como muitos "best-sellers" de nossa época. Enquanto isso, o livro de poemas de Baudelaire - cuja venda quase foi proibida pela Justiça -, que vem sendo reeditado e traduzido em todas as línguas, já deve ter atingido, no total das tiragens, muitos milhões de exemplares. O verdadeiro "best-seller" é ele ou não é? [...]

(Folha de São Paulo, 19/03/2006. Extraído de Vestibular ESMP 2016).

6. Assinale a alternativa abaixo que indica qual a tese central defendida pelo autor do texto acima.

a. Os livros virtuais irão prevalecer sobre os livros físicos.

b. A literatura de massa vende extraordinariamente.

c. Os livros físicos serão substituídos pelos virtuais.

d. A literatura é o tipo de arte mais consumida no mundo.

e. A literatura não irá acabar por falta de leitores.

7. Retire do texto acima três argumentos que o autor emprega para defender o ponto de vista dele.

a. Argumento 1:

b. Argumento 2:

c. Argumento 3:

8. Assinale a alternativa em que há um argumento que não reforça a ideia principal defendida por Ferreira Gullar:

a. Os best-sellers têm número de páginas cada vez maior.

b. Alguns best-sellers, a exemplo de "Harry Potter", são muito vendidos.

c. Apollinaire dizia que o livro deixaria de ser veículo de literatura.

d. Os best-sellers são vendidos para muitos países.

e. Há livros vendidos que chegam a ter mais de 800 páginas.

Orientações:

Ler e responder os exercícios de 1 a 8 do caderno Aprender Sempre volume 2.

Observações:

Faça a leitura dos textos.

Responda no caderno. Coloque o número do exercício e copie a alternativa que você considera como resposta correta.

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