quinta-feira, 14 de maio de 2020

ATIVIDADE 3 - 2ª C, D e E - PROFª ARIELLA


Professora Dra: Ariella
Turmas:2ª C, D e E
Disciplina: SOCIOLOGIA
Canal de resposta: ariellaaraujo@professor.educacao.sp.gov.br
Período de envio: até 04/06/2010

Plantão de dúvidas
2C: Quinta-feira das 21h30 às22h15
2D: Sexta feira 19h45 às 20h30
2E: Quinta-feira das 19h00 às 19h45

Material utilizado
Caderno do Aluno São Paulo Faz Escola, volume 1,  tópicos referentes à Sociologia (Momento 5, p. 74), Vídeos do Youtube e Resumo aqui anexado sobre Georg Simmel e a Sociologia da Migração

Tarefa 1

Elaborar um texto dissertativo que relacione a discussão do Estrangeiro (migrante) a partir das considerações de Georg Simmel e o estranhamento, conflitos, que provoca com sua a chegada  (Momento 5 da Apostila). Você pode utilizar exemplos históricos ou pessoais e explorar matérias de jornais sobre conflitos decorrentes do estranhamento com a chegada de imigrantes/migrantes seja no país ou no seu bairro.


Objetivo
Refletir sobre mudanças as mudanças provadas nas sociedades e nas relações sociais em razão a mobilidade espacial (migração).

Habilidades
Exercitar o olhar sociológico sobre a figura do estrangeiro

Orientações

1)      Assistir os seguintes vídeos
O estrangeiro do ponto de vista Sociológico - https://www.youtube.com/watch?v=wKt2hz7bmiE
Etnocentrismo/Identidade/Estranhamento  - https://www.youtube.com/watch?v=SvkVNvQTNKQ
2)      Elaborar uma redação que relacione os conceitos desenvolvidos por Georg Simmelcom o exercício do Momento 5 (p. 74) do Caderno do Aluno São Paulo Faz Escola


Observações:

Fiquem atentos aos prazos de envio e ao plantão de dúvidas. As atividades são utilizadas para controle de frequência, ou seja, para não ficarem com faltas, enviem as atividades. Coloquem no assunto do e-mail Atividade 3, Nome e Série para que seja rapidamente identificada. Caso não tenham computador em casa serão aceitas as atividades feitas no caderno/da apostila por meio de fotos


O estrangeiro do ponto de vista sociológico


Embora muitos/as autores/as trabalhem com o tema da migração, Georg Simmel abordou esse aspecto de modo muito particular devido à sua própria experiência que, pode-se dizer, é generalizante para todos/as aqueles que migram.

Quem foi Georg Simmel (1858-1918): nasceu na Alemanha, filho de judeus convertidos ao protestantismo (religião em que Georg Simmel foi batizado). O fato de vir de uma família com origem judaica, mesmo que convertida, era motivo de preconceito. Em virtude de tal preconceito e do fato de ser um crítico dos valores dominantes em sua época, só conseguiu o cargo de professor contratado em tempo integral em 1914, apenas quatro anos antes de morrer de câncer, em 1918. Antes disso, permaneceu durante muitos anos como professor não contratado, ou seja, só recebia se os alunos se inscrevessem nos seus cursos. Ainda assim, suas aulas estavam sempre repletas, pois era visto como um bom professor, e isso lhe garantia algum ganho. Simmel não procurou criar uma grande teoria e, inclusive, era a favor de escrever ensaios (pequenos textos instigantes sobre um tema) e por isso trabalhou diversos temas, (a ponte e a porta, o adorno, o jarro, a coqueteria) e a filosofia de uma forma geral (do dinheiro e do amor, por exemplo). O mais importante é enfatizar que, de certa maneira, por ser ex-judeu, Simmel sentia-se um estrangeiro, pois era tratado como tal. Compreende-se, assim, a importância do estrangeiro não apenas em sua obra, como também em sua vida e isso motivou a estabelecer discussões sobre o estrangeiro e delimitar alguns conceitos importantes:

1.      Distinção entre viajante não e estrangeiro- o estrangeiro, para Simmel, é aquele que chega e não vai embora. Logo, não é um mero viajante. É a figura que se muda de um lugar para outro, para ali morar, e não o turista.

2.      Posicionalidade do estrangeiro em relação ao grupo  - aposição do estrangeiro, em relação à comunidade de destino, pode ser marcada pelo sentimento de não pertencimento ao grupo desde o início de sua chegada ou desde que nasceu. Embora Simmel não tenha abordado esse aspecto, é válido lembrar que esse sentimento pode existir até mesmo onde você nasceu, ou seja, ser considerado pelos outros como um estrangeiro. Isso pode ocorrer por conta de seu biotipo, de hábitos e costumes que o diferem dos demais. A mudança também não precisa ser necessariamente de país. Pode ser de Estado, cidade ou bairro. É por isso, por exemplo, que muitos jovens loiros no Brasil recebem o apelido de “alemão” mesmo que, muitas vezes, não tenham nenhuma ascendência alemã. Há ainda outros que são chamados de “japoneses” por terem traços que lembram os orientais, embora tenham nascido aqui e não tenham antepassados japoneses.

3.      A ambiguidade do estrangeiro em relação ao grupo - ele é um elemento do grupo, mesmo que não se veja como um, ou que não seja visto como parte dele pelos demais membros. Ou seja, é um elemento do conjunto, assim como são os indigentes ou os mendigos e toda espécie de “inimigos internos”. Com isso, Simmel quis dizer que mesmo aqueles que não são queridos por um grupo, ou não são tratados como iguais, também fazem parte dele. O estrangeiro tem com o grupo, ao mesmo tempo, uma relação de proximidade e envolvimento e de distância e indiferença, daí a ambiguidade.

Por que relação de proximidade e envolvimento? Porque ele vive cotidianamente com aquelas pessoas, logo, está relativamente próximo e envolvido com elas.

Por que, então, essa relação causa distância e indiferença? Porque apesar de viver cotidianamente com as pessoas do bairro, por exemplo, com frequência o estrangeiro é tratados como “de fora”, e se sente à parte do grupo e isso faz com que ele possa desenvolver um sentimento de distância e indiferença.

4.      Estranhamento – todos os fatores mencionados, especialmente a ambiguidade, implica no sentimento de estranhamento pelo fato do estrangeiro ser portador de sinais de diferença, como a língua, os costumes, a alimentação, os modos e as maneiras de se vestir. Ele não partilha tantos hábitos, costumes e ideias com o grupo; em face disso, tampouco partilha certos preconceitos e não se sente forçado a agir como um de seus membros. Os laços que o unem são muitas vezes mais frouxos do que aqueles que unem os outros membros que ali estão desde o seu nascimento.






















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