Turma: 9º A
Disciplina: História
Prazo de envio: 28 de maio
Período de envio: 15 dias
Material utilizado:
Material que será utilizado para as atividades volume 1 do São Paulo
Faz Escola. Aulas do CMSP. Livro Didático , Dicionário. Blog da Escola.
Atividades em anexo neste documento.
Habilidade a ser desenvolvida:
(EF09HI01) Descrever e contextualizar os principais aspectos
sociais, culturais, econômicos e políticos da emergência da República no Brasil
(EF09HI05) Identificar os processos de urbanização e modernização
da sociedade brasileira e avaliar suas contradições e impactos na região em que
vive.
Tarefas:
1.
Assistir as aulas de História pela TV ou pelo aplicativo do Centro
de Mídias de São Paulo - CMSP
2.
Fazer a Leitura do resumo :Processos de urbanização e modernização
da sociedade brasileira – parte 2 ( ao final deste anexo) para ajudar a
responder as questões.
3.
Consultar o dicionário para palavras desconhecidas
4.
Consultar seu livro didático
História Capítulo 3 a primeira República páginas 56 e 57.
5.
Resolver as atividades abaixo.
Orientações:
A resolução das questões, participação nas
aulas on-line, tanto no aplicativo do CMSP quanto das enviadas pelo blog da
escola, farão parte do acompanhamento da aprendizagem. Também contará como
atividades propostas a participação na AAP de português. As atividades deverão ser postadas
no e-mail marciareginagalvao@professor.educacao.sp.gov.br
- Todos os registros que vocês alunos (as)
realizarem, sejam das atividades ou da organização e roteiros de estudos
neste momento de isolamento social serão de extrema importância para o
acompanhamento do professor. Por isto conto com as realizações das
propostas de estudos e das atividades.
Analise as imagens e
responda:
IMAGEM 1
Avenida Paulista em 1889
IMAGEM 2
Avenida Paulista nos dias atuais
a) Por
que a Avenida Paulista era na República Velha e continua sendo um dos principais centros
econômicos ?
b) As
transformações são bastante visíveis . Pesquise e explique quais fatores
levaram a cidade de São Paulo a modernização e urbanização no
final do Séculos XIX início do XX
.
c) Pesquise as Reformas realizadas por Rodrigues Alves no seu
governo. ( Tema da aula de História no CMSP 13/05).
Atividade 2.
Observe a
Charge “O Malho” de 08/06/1907 e responda:
a)
Quais são os personagens que aparecem na charge?
b)
Escreva todas informações
que ela
apresenta:
c)
A charge O Malho está
criticando qual reforma da época?
Atividade
3:
Realiza uma pesquisa sobre as transformações na cidade de São
Paulo no início do século XX ( Primeira
República) e faça o seu Lapbook . Como no exemplo abaixo. Pode colar imagens ,
fotos.
Exemplo
do Lapbook
Resumo e
trecho para apoio ao estudo.
Trecho 1 Urbanização e higienização
Assim como o Rio de Janeiro, São Paulo também
se tornou uma metrópole em fins do século XIX. De província pacata, se
transformou em importante polo econômico, movido pela industrialização, e em
centro político. O café, seu principal produto, impulsionou as principais
transformações, atraindo milhares de trabalhadores, imigrantes e nacionais.
Para a construção de uma importante capital, a urbanização mostrava, por meio
de suas edificações, os ideais de progresso e modernidade. Em São Paulo, com um
crescimento urbano acelerado, novos bairros surgiram. No entanto, nesse mesmo
contexto, surgiram cortiços e bairros sem saneamento básico e com condições
precárias de higiene. O governo da época usava o argumento de que as vistorias
melhorariam as condições higiênicas das habitações. No entanto, nem sempre eram
pacíficas as observações das casas, por vezes ocorrendo conflitos diante da
aplicação rigorosa das normas e medidas sanitárias, preconizadas pelas
concepções científicas que as autoridades públicas da época defendiam.
Ressalte-se que, naquele momento, não havia diálogo por parte do governo, muito
menos educação sobre prevenção às doenças. Entendia-se que esse processo de
higienização, ao promover transformações sociais, inclusive racial,
transformaria a nação em um corpo sadio e, na mentalidade de alguns cientistas
do final do século XIX e início do XX, apto ao progresso.
Fonte:
Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista
Trecho 2
Cabeça de
Porco Em 1893, na cidade do Rio de Janeiro, próximo à estação ferroviária
Central do Brasil, havia um cortiço que ficou conhecido como “Cabeça de Porco”,
fazendo referência ao adorno no portal de entrada do cortiço – a escultura da
cabeça de um suíno. Tornando-se a única opção de moradia para os mais pobres no
centro da cidade, apenas este cortiço chegou a abrigar entre 2 mil a 4 mil
moradores, incluindo ex-escravos recém-libertos. A população que vivia nos
cortiços encontrava trabalho na cidade do Rio de Janeiro, como vendedores de
rua, carregadores no porto, em feiras, como carroceiros e domésticos. Como
enfrentavam preconceitos, poucos conseguiram ascensão social neste período. À
época, iniciou-se o projeto de urbanização e modernização das cidades com
influência direta da Europa, principalmente o modelo de Paris, com as
construções de avenidas, ruas alargadas e calçadas. Para adequar o Rio de
Janeiro aos modelos da Belle Époque francesa de urbanização, o prefeito da
cidade, Cândido Barata Ribeiro, realizou um processo de destruição de inúmeros cortiços,
entre eles o “Cabeça de Porco”. Em apenas 48 horas, um verdadeiro exército de
funcionários da Prefeitura – tendo a colaboração do Corpo de Bombeiros, de
funcionários da Higiene Pública, policiais, sanitaristas e engenheiros –
impediu o acesso dos moradores e deu início à demolição do maior cortiço da
cidade do Rio de Janeiro. Após sua demolição, uma parte dos seus ex-moradores
migrou para o Morro da Providência, que fica próximo ao local, fundando assim a
primeira favela.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material
de Apoio ao Currículo Paulista
Resumo
O período da história republicana do Brasil,
envolto na República Oligárquica, foi marcado por tentativas de reurbanização
modernizadora de algumas cidades. O caso mais notório foi a reurbanização
do Rio de Janeiro, ocorrida na última década do século XIX e nas primeiras
do século XX.
Entretanto, se a modernização significava o
embelezamento da cidade, na prática ela proporcionou a expulsão de boa parte da
população pobre e trabalhadora da região central da capital do Brasil.
A reurbanização do Rio de Janeiro se inseria em uma
política de transformação da capital federal, com vistas à erradicação de
várias epidemias e de embelezamento urbano afrancesado, criando assim um melhor
cartão de visitas aos visitantes estrangeiros interessados em investimentos no
Brasil. A principal ação nesse sentido se deu no governo do presidente Rodrigues
Alves (1902-1906), cuja proposta de reforma da capital envolvia três
frentes de trabalho: a modernização do porto, a reforma
urbana e o saneamento básico.
Nas ações de saneamento básico, fazia-se necessário
na cidade erradicar diversas epidemias decorrentes da má qualidade sanitária na
cidade, principalmente na região central.
Habitada por aproximadamente um milhão de pessoas
no início do século XX, a capital federal era alvo constante de surtos de febre
amarela, peste bubônica, malária e varíola. A solução proposta, além das
vacinações obrigatórias e da fiscalização compulsória das residências, era
a demolição das habitações coletivas existentes na cidade,
como cortiços, estalagens e casas de cômodos.
O argumento era que, em face das condições
insalubres, as habitações coletivas eram propícias à propagação de doenças. O
cortiço Cabeça de Porco chegou a ter 2000 habitantes. A isso somava a visão
conservadora e moralizadora sobre a vida desses estratos da população.
Essa ação ia ao encontro dos objetivos da classe
dominante da cidade, desejosa de expulsar da área central a população pobre e
explorada da capital, considerada um elemento perigoso para a ordem e
disciplina urbana almejada. A maior parte dessa população era formada por
ex-escravos africanos e imigrantes, principalmente portugueses.
As demolições dos casarões foram realizadas sem o
consentimento dos habitantes e sem o pagamento de indenizações, obrigando os
moradores a encontrarem novos locais para a construção de suas habitações. Isso
ocorreu principalmente nos morros arredor da região central, onde foram
construídos barracões de madeiras, que deram origem às favelas cariocas.Sobre
os escombros dos casarões derrubados, grandes avenidas foram construídas, em
uma tentativa de assemelhar a cidade do Rio de Janeiro à capital francesa,
Paris. Na década de 1870, Paris passou por uma reformulação urbana com a criação
de grandes bulevares, praças e jardins, sob a liderança do barão Haussmann,
então prefeito da cidade.
No Rio de Janeiro tal iniciativa coube ao
engenheiro Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro entre 1902 e 1906. Com
plenos poderes dados pelo presidente Rodrigues Alves, Passos promoveu uma
profunda reformulação urbana, cujos principais exemplos foram a construção da
Avenida Central, a reforma do porto e a iluminação pública. Construíram-se
luxuosos palacetes, praças e jardins no lugar de 600 edificações.
O processo de reurbanização do Rio de Janeiro
exemplifica o aspecto autoritário e excludente das políticas estatais
verificadas durante a República Oligárquica, expulsando da área de expansão da
modernidade capitalista os grupos sociais considerados perigosos à ordem.
Porém, esses grupos não aceitariam passivamente a situação, e a Revolta
da Vacina de 1904 deu mostras da resistência da população explorada do
Rio de Janeiro a essa situação.
Construção do cais da Urca em foto publicada na
Revista Kosmos, Março de 1908. Os portos estavam também no alvo da
reurbanização do Rio
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