quinta-feira, 14 de maio de 2020

ATIVIDADE 3 - 9ºA - PROFª MARCIA REGINA


Turma: 9º A
Disciplina: História

Prazo de envio: 28  de maio
Período de envio: 15 dias

Material utilizado:
Material que será utilizado para as atividades volume 1 do São Paulo Faz Escola. Aulas do CMSP. Livro Didático , Dicionário. Blog da Escola. Atividades em anexo neste documento.
Habilidade a ser desenvolvida:
(EF09HI01) Descrever e contextualizar os principais aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da emergência da República no Brasil
(EF09HI05) Identificar os processos de urbanização e modernização da sociedade brasileira e avaliar suas contradições e impactos na região em que vive.

Tarefas:

1.      Assistir as aulas de História pela TV ou pelo aplicativo do Centro de Mídias de São Paulo - CMSP
2.      Fazer a Leitura do resumo :Processos de urbanização e modernização da sociedade brasileira – parte 2 ( ao final deste anexo) para ajudar a responder as questões.
3.      Consultar o dicionário para palavras desconhecidas
4.    Consultar seu livro didático História Capítulo 3 a primeira República páginas 56 e 57.
5.    Resolver as atividades abaixo.

Orientações:
 A resolução das questões, participação nas aulas on-line, tanto no aplicativo do CMSP quanto das enviadas pelo blog da escola, farão parte do acompanhamento da aprendizagem. Também contará como atividades propostas a participação na AAP de português. As atividades deverão ser postadas no e-mail   marciareginagalvao@professor.educacao.sp.gov.br
  • Todos os registros que vocês alunos (as) realizarem, sejam das atividades ou da organização e roteiros de estudos neste momento de isolamento social serão de extrema importância para o acompanhamento do professor. Por isto conto com as realizações das propostas de estudos e das atividades.
 Observações:
 Esta temática será desenvolvida em duas etapas .Processos de Urbanização e modernização da sociedade brasileira– devido ao acompanhamento e a abordagem do tema ser extensa, conforme segue as aulas do CMSP. Para responder leia o texto ao final do anexo sobre o assunto.

                                                                                                             Obrigado e bons estudos!!!


 Atividade 1.
Analise as imagens e responda:
                                                                  IMAGEM 1
Avenida Paulista em 1889

                                                                     IMAGEM 2
Avenida Paulista nos dias atuais

a)       Por que a Avenida Paulista era na República Velha  e continua sendo um dos principais centros econômicos ?

b)       As transformações são bastante visíveis . Pesquise e explique quais fatores levaram  a cidade de São Paulo a  modernização e urbanização  no  final do Séculos XIX  início do XX .

c)       Pesquise as Reformas realizadas por Rodrigues Alves no seu governo. ( Tema da aula de História no CMSP 13/05).


Atividade 2.
Observe a Charge  “O Malho”   de 08/06/1907  e responda:



a)      Quais são os personagens que aparecem na charge?
                     
            b)       Escreva todas informações que ela apresenta:

c)        A charge O Malho está criticando qual reforma da época?


Atividade 3:

Realiza uma pesquisa sobre as transformações na cidade de São Paulo no início do século XX   ( Primeira República) e faça o seu Lapbook . Como no exemplo abaixo. Pode colar imagens , fotos.

 Exemplo do Lapbook


Resumo e trecho para apoio ao estudo.

Trecho 1          Urbanização e higienização
             
             Assim como o Rio de Janeiro, São Paulo também se tornou uma metrópole em fins do século XIX. De província pacata, se transformou em importante polo econômico, movido pela industrialização, e em centro político. O café, seu principal produto, impulsionou as principais transformações, atraindo milhares de trabalhadores, imigrantes e nacionais. Para a construção de uma importante capital, a urbanização mostrava, por meio de suas edificações, os ideais de progresso e modernidade. Em São Paulo, com um crescimento urbano acelerado, novos bairros surgiram. No entanto, nesse mesmo contexto, surgiram cortiços e bairros sem saneamento básico e com condições precárias de higiene. O governo da época usava o argumento de que as vistorias melhorariam as condições higiênicas das habitações. No entanto, nem sempre eram pacíficas as observações das casas, por vezes ocorrendo conflitos diante da aplicação rigorosa das normas e medidas sanitárias, preconizadas pelas concepções científicas que as autoridades públicas da época defendiam. Ressalte-se que, naquele momento, não havia diálogo por parte do governo, muito menos educação sobre prevenção às doenças. Entendia-se que esse processo de higienização, ao promover transformações sociais, inclusive racial, transformaria a nação em um corpo sadio e, na mentalidade de alguns cientistas do final do século XIX e início do XX, apto ao progresso.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista

Trecho 2

           Cabeça de Porco Em 1893, na cidade do Rio de Janeiro, próximo à estação ferroviária Central do Brasil, havia um cortiço que ficou conhecido como “Cabeça de Porco”, fazendo referência ao adorno no portal de entrada do cortiço – a escultura da cabeça de um suíno. Tornando-se a única opção de moradia para os mais pobres no centro da cidade, apenas este cortiço chegou a abrigar entre 2 mil a 4 mil moradores, incluindo ex-escravos recém-libertos. A população que vivia nos cortiços encontrava trabalho na cidade do Rio de Janeiro, como vendedores de rua, carregadores no porto, em feiras, como carroceiros e domésticos. Como enfrentavam preconceitos, poucos conseguiram ascensão social neste período. À época, iniciou-se o projeto de urbanização e modernização das cidades com influência direta da Europa, principalmente o modelo de Paris, com as construções de avenidas, ruas alargadas e calçadas. Para adequar o Rio de Janeiro aos modelos da Belle Époque francesa de urbanização, o prefeito da cidade, Cândido Barata Ribeiro, realizou um processo de destruição de inúmeros cortiços, entre eles o “Cabeça de Porco”. Em apenas 48 horas, um verdadeiro exército de funcionários da Prefeitura – tendo a colaboração do Corpo de Bombeiros, de funcionários da Higiene Pública, policiais, sanitaristas e engenheiros – impediu o acesso dos moradores e deu início à demolição do maior cortiço da cidade do Rio de Janeiro. Após sua demolição, uma parte dos seus ex-moradores migrou para o Morro da Providência, que fica próximo ao local, fundando assim a primeira favela.
 Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista

Resumo

O período da história republicana do Brasil, envolto na República Oligárquica, foi marcado por tentativas de reurbanização modernizadora de algumas cidades. O caso mais notório foi a reurbanização do Rio de Janeiro, ocorrida na última década do século XIX e nas primeiras do século XX.
Entretanto, se a modernização significava o embelezamento da cidade, na prática ela proporcionou a expulsão de boa parte da população pobre e trabalhadora da região central da capital do Brasil.
A reurbanização do Rio de Janeiro se inseria em uma política de transformação da capital federal, com vistas à erradicação de várias epidemias e de embelezamento urbano afrancesado, criando assim um melhor cartão de visitas aos visitantes estrangeiros interessados em investimentos no Brasil. A principal ação nesse sentido se deu no governo do presidente Rodrigues Alves (1902-1906), cuja proposta de reforma da capital envolvia três frentes de trabalho: a modernização do portoa reforma urbana e o saneamento básico.
Nas ações de saneamento básico, fazia-se necessário na cidade erradicar diversas epidemias decorrentes da má qualidade sanitária na cidade, principalmente na região central.
Habitada por aproximadamente um milhão de pessoas no início do século XX, a capital federal era alvo constante de surtos de febre amarela, peste bubônica, malária e varíola. A solução proposta, além das vacinações obrigatórias e da fiscalização compulsória das residências, era a demolição das habitações coletivas existentes na cidade, como cortiços, estalagens e casas de cômodos.
O argumento era que, em face das condições insalubres, as habitações coletivas eram propícias à propagação de doenças. O cortiço Cabeça de Porco chegou a ter 2000 habitantes. A isso somava a visão conservadora e moralizadora sobre a vida desses estratos da população.
Essa ação ia ao encontro dos objetivos da classe dominante da cidade, desejosa de expulsar da área central a população pobre e explorada da capital, considerada um elemento perigoso para a ordem e disciplina urbana almejada. A maior parte dessa população era formada por ex-escravos africanos e imigrantes, principalmente portugueses.
As demolições dos casarões foram realizadas sem o consentimento dos habitantes e sem o pagamento de indenizações, obrigando os moradores a encontrarem novos locais para a construção de suas habitações. Isso ocorreu principalmente nos morros arredor da região central, onde foram construídos barracões de madeiras, que deram origem às favelas cariocas.Sobre os escombros dos casarões derrubados, grandes avenidas foram construídas, em uma tentativa de assemelhar a cidade do Rio de Janeiro à capital francesa, Paris. Na década de 1870, Paris passou por uma reformulação urbana com a criação de grandes bulevares, praças e jardins, sob a liderança do barão Haussmann, então prefeito da cidade.
No Rio de Janeiro tal iniciativa coube ao engenheiro Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro entre 1902 e 1906. Com plenos poderes dados pelo presidente Rodrigues Alves, Passos promoveu uma profunda reformulação urbana, cujos principais exemplos foram a construção da Avenida Central, a reforma do porto e a iluminação pública. Construíram-se luxuosos palacetes, praças e jardins no lugar de 600 edificações.
O processo de reurbanização do Rio de Janeiro exemplifica o aspecto autoritário e excludente das políticas estatais verificadas durante a República Oligárquica, expulsando da área de expansão da modernidade capitalista os grupos sociais considerados perigosos à ordem. Porém, esses grupos não aceitariam passivamente a situação, e a Revolta da Vacina de 1904 deu mostras da resistência da população explorada do Rio de Janeiro a essa situação.


Construção do cais da Urca em foto publicada na Revista Kosmos, Março de 1908. Os portos estavam também no alvo da reurbanização do Rio





























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