Professora
Dra:
Ariella
Turmas:
1ª A, B e C
Disciplina:
SOCIOLOGIA
Canal
de resposta:
ariellaaraujo@professor.educacao.sp.gov.br ou no Google Classroom
Prazo de envio: até 24/06/2010
Período de envio: 08/06 à 12/06/20
Plantão
de dúvidas
1A:
07h45 às 8h30 e 09h35 às 10h20
1B:
08h30 às 09h15 e 11h05 às 11h50
1C:
07h00 às 07h45 e 10h20 às 11h05
Google
Classroom
1)
Endereço de acesso: https://classroom.google.com/ ou pelo aplicativo Centro de Mídia São Paulo
(gratuito)
2)
Formas de acesso:
Tutorial acesso ao email institucional:
https://www.youtube.com/watch?v=3YLv2Xwod44
1A:
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1B:
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1C: uqtittn
Material utilizado
Livro didático Sociologia para Jovens do Século XXI (textos aqui anexados) e Aula do Centro de Mídia São Paulo (CMSP)
Tarefa
1
Objetivo
Exercitar o olhar sociológico através da interdisciplinaridade com os objetos de conhecimento das Ciências Sociais e nesse caso com a eletiva Projeto de Vida.
Habilidades
Desenvolver as habilidades da leitura, interpretação, produção textual e interdisciplinaridade.
Orientações
1)
Ler o texto adaptado E quando alguns
adultos dizem que os jovens não se interessam pelas discussões da Sociologia?
2)
Assistir a vídeo-aula dada no CMSP
dia 21/05/2020 sobre o que é “natural” e
o que “estranho”
https://www.youtube.com/watch?v=tiFpcSPsc6c
3)
Verificar o box-resumo aqui exposto
4)
Responder as seguintes questões:
a) Qual
a necessidade de estudar Sociologia?
b) Qual
a diferença entre Senso Comum e Sociologia?
5)
Produzir um texto reflexivo sobre a sua
escolha profissional e os motivos dessa
sua escolha. Se ainda não escolheu uma profissão, responda: a sociedade
influenciará na sua escolha ou você terá autonomia para fazer uma opção?
Observações:
Texto adaptado: “E
quando alguns adultos dizem que os jovens não se interessam pelas discussões da
Sociologia?”
Provavelmente você já
deve ter ouvido na escola e/ou na sociedade afirmações do tipo: “Jovens não se
interessam pelas discussões da Sociologia”. Ou “é uma matéria que não serve para nada” e que há
coisas mais interessantes, inclusive, fora da escola. Porém, quando perguntas
desse tipo são feitas por muitos jovens sobre “para que afinal serve a
Sociologia”, e quando afirmam que é uma disciplina “chatas”, é preciso
compreender o que está por trás desses comentários. Para iniciarmos uma
reflexão, leia o artigo abaixo escrito por Contardo Calligaris (psicanalista
italiano que vive no Brasil) e publicado no jornal Folha de S. Paulo, em
12/12/2002, que relata a exigência dos jovens acerca dos estudos:
O que esse texto e os pensamentos diante da Sociologia revelam? Mostram a interpretação de muitos adolescentes sobre o que é viver e divertir-se, que difere da visão de gerações anteriores.
Trata-se de dizer que a diversão não é necessária? Não, não é disso que se trata, mas de evidenciar que nós devemos ter tempo para tudo na vida. Assim como devemos reservar tempo para a distração e o lazer, também devemos reserva reservar parte do nosso tempo para dar conta das responsabilidades, como o estudo e, depois de formados, o trabalho.
Devemos acrescentar ainda que a nossa vida ea nossa sociedade também merecem ser pensadas, compreendidas e, por que não, modificadas e daí que surge a inspiração e o compromisso da Sociologia. Além de nos levar ao entendimento da realidade social, o papel da Sociologia consiste em contribuir para que repensemos a nossa visão de mundo, deixando de lado nossas ingenuidades e preconceitos. Sua tarefa teórica é se contrapor ao chamado senso comum, nesse caso, o que se considera como útil, ou seja, o que dá prestígio, poder, fama e riqueza. Não se deixando guiar pelo senso comum, embora parte dela, a Sociologia nos ajuda com conhecimentos para nos tornarmos conscientes de nós mesmos e das ações de homens e mulheres que desejam profundamente a liberdade e a felicidade.
Box-Resumo:O Senso Comum X Sociologia
Senso Comum: com base na sua pesquisa sobre Senso Comum pode-se dizer que ele se caracteriza por opiniões pessoais, generalizantes, em coisas aparentes, sem fundamentos no real. Ou seja, julgam-se coisas ou fatos específicos como se fossem coisas ou fatos universais. Enfim, falsas certezas sem fundamentação científica, como por exemplo, “todo bandido é favelado”, “todo político é corrupto”, “o povo brasileiro é preguiçoso”, “tudo o que vem de fora do país é melhor”, “o Sol é menor do que a Terra e é ele que gira ao redor dela”, etc. Pegando o exemplo do Sol, esse tipo de visão pode parecer correta, já que partimos da própria Terra como ponto de referência e a forma como observamos pode parecer que essas afirmações são corretas. Porém, só parece, pois a Astronomia (ramo da Física) com seus cálculos matemáticos e suas considerações físicas verifica na realidade que o Sol é muitas vezes maior que a Terra, e desde Nicolau Copérnico confirma-se na realidade que é a Terra que se move em torno do Sol (teoria do Heliocentrismo). Da mesma forma que este simples exemplos, a Sociologia recorrentemente defronta-se com o senso comum das pessoas, desdobrando-se em imobilidades, discriminações e preconceitos.
Mas o que é uma atitude científica em Sociologia?
É a atitude de, a partir da constatação de um problema social, observar os fatos e a realidade dos indivíduos e grupos, suas relações, formular uma hipótese de explicação, pesquisar e estudar com maior profundidade o assunto e, ao final, pronunciar leis ou tendências de que um fato possa ocorrer em razão de determinados motivos.
Exemplo de uma atitude científica em Sociologia: primeiro, delimitados um problema social como o desemprego (é “social” porque atinge vários indivíduos). Depois formulamos uma hipótese como “a política econômica de um governo promove o desemprego”. Em seguida, passamos a observar a realidade utilizando dados estatísticos em mãos, pesquisas com desempregados para ver os motivos que levaram ao desemprego e etc.
O que esses dados, e outros materiais utilizados revelam? Eles servem para comprovar ou refutar a nossa hipótese inicial e assim verificamos se determinadas decisões políticas governamentais tendem a provocar o desemprego em massa num país.
Outro exemplo: as possíveis causas da violência. Ao contrário do senso comum, não devemos partir para generalizações ao primeiro contato com um fenômeno social. É necessário investigar as relações entre os fatos e acontecimentos e também suas raízes históricas, como, por exemplo, a questão do racismo na sociedade brasileira. Certamente, este fenômeno social tem fortes raízes na escravidão, mas principalmente nas relações que o homem branco europeu estabeleceu com os povos africanos e indígenas a partir do século XV. Portanto, posteriormente, trabalharemos com várias teorias sociológicas, conceitos e temas que nos ajudam a exercitar a nossa imaginação sociológica. Ou seja, vamos partir do senso comum sobre como são entendidos os fenômenos sociais, sobre as relações que existem entre os indivíduos e problematizar esse senso comum. E aquilo que pode nos parecer “natural” nas relações sociais pode ser “desnaturalizado”, deixando de ser visto como natural e até mesmo imutável, para ser compreendido como é, algo social; ou, como nos diz Wright Mills, para compreender nosso mundo cotidiano, vamos olhar além dele.
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