segunda-feira, 6 de julho de 2020

ATIVIDADE 8 - 6º A, B, C e D - PROFª SOLANGE

Professor (a): Solange Cabral de Deus

Turma:6º A, B, C e D

Disciplina: Arte

Canal de resposta: solangedeus@professor.educacao.sp.gov.br

                                  solangedeus@prof.educacao.sp.gov.br

Prazo de envio: Uma semana após a postagem

Período de envio: 29/06 À 03/07/2020

Tempo: 1h50m.

 

Material utilizado:  Material escolar e do aluno

Tema: Origem de cultura brasileiras

Habilidades: (EF69AR34)

Linguagem: Dança

 

Objetos de conhecimento

● patrimônio cultural - material e imaterial de culturas diversas, em especial a brasileira

● matrizes indígenas, africanas e europeias

 

Objetivo: Analisar e valorizar cultura imaterial brasileiras.

 

Tarefa:

Atividade 1

A proposta desta atividade é uma análise do patrimônio cultural imaterial por meio de danças brasileiras de Matrizes indígenas, africanas e europeias, explorando informações e conteúdos disponíveis na atividade.

Apreciação:

https://www.youtube.com/watch?v=NGojAYD7zi8

Após analisar os conteúdos, responda:

1-O que você pensa sobre Patrimônio Cultural Imaterial? Apresente um exemplo.

2-O que você entende sobre Matriz?Você percebeu no momento de apreciação a influência de alguma Matriz? Comentem

3. Que elementos distinguem uma dança de origem indígena de uma dança de origem

africana?

4. Que elementos distinguem uma dança de origem indígena de uma dança europeia?

5. Que elementos distinguem uma dança de origem africana de uma dança europeia?

6. Quais elementos, das danças analisadas você percebeu que mudaram com o passar do tempo?

7. Cite órgão (os) de registros ou que ajudaa preservar as tradições populares?

8- Pesquise e descreva uma dança e sua Matriz.

 

Orientações:

Conteúdo

Patrimônio Cultural Material e Imaterial

Patrimônio cultural é o algo representativo que faz parte da história de uma cultura.

De acordo com o Decreto, o Patrimônio Cultural é definido como um conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação é de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. São também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou criados pela indústria humana.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Turismo que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras.

O patrimônio material protegido pelo Iphan é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza, conforme os quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas.

Bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas). Desta forma a dança faz parte do patrimônio cultural imaterial.

http://portal.iphan.gov.br/

 

Dança Matriz indígena

 

A dança, assim como a música, representa batalhas, caçadas, colheitas e é apresentada com os pés descalços.

A dança indígena, nas suas devidas comunidades, é uma poderosa linguagem e sempre celebra determinado acontecimento em relação à vida e aos costumes indígenas e se refere a ciclos da natureza como forma de agradecer a colheita, para marcar a passagem da jovem a vida adulta, homenagear os mortos, saudar aqueles que chegam à aldeia e outros motivos especiais e sagrados. Diferentes etnias indígenas praticam suas danças de forma circular, e, durante os rituais, quase sempre estão com os joelhos fletidos, batendo um dos pés no chão, com o tronco levemente flexionado para frente, num compasso binário, para marcar o ritmo da música. A organização espacial se orienta em filas e fileiras com deslocamentos em diferentes direções e os movimentos coordenados se fazem presentes. O que muda é justamente o que ela está representando, por isso a utilização da música com diversos instrumentos, o canto, a pintura corporal e outras expressões artísticas determinam o significado de uma dança para a outra, manifestando a ligação desses povos não somente com os seus ancestrais, mas com a natureza, promovendo, assim, a interação entre as comunidades e o fortalecimento dos laços de união na manutenção das suas tradições culturais, afirmando suas identidades. Uma das danças rituais mais conhecidas realizadas pelos indígenas se chama TORÉ.  Para o povo indígena, o Toré é uma dança ritual, comum a todas as comunidades da América, onde os participantes emitem canções tradicionais e ancestrais na busca de integração com a natureza. O Toré também incorpora práticas religiosas secretas, onde só os índios participam. É realizado em espaço aberto tanto por homens quanto por mulheres que se organizam circularmente e giram em torno do centro e também de si próprio, pisando fortemente o solo, marcando o ritmo da dança, acompanhado pela maracá e algumas vezes pelo tambor, ao comando do líder do grupo. Glossário Maracá – instrumento musical indígena, classificado como idiofone de agitamento, feito com cabaça, sementes ou grãos secos que funciona como um chocalho. Apesar de servir para puxar a dança, o maracá é, sobretudo, um instrumento mágico usado pelos pajés para trazer os bons espíritos e se defender dos maus. Maracás Cariri Xocó.

 A principal finalidade do Toré é promover a comunicação com os encantados e pode ser celebrado a partir de uma atividade religiosa, de penitência, resgate dos antepassados, confraternização, relação com a natureza. Também é reconhecido como símbolo da resistência indígena, principalmente no Nordeste, unindo os povos das aldeias. Seus cantos apresentam parte da cultura autóctone dos povos e representam culturas específicas que resistem histórica e socialmente, atestando a conquista do seu espaço e a preservação de seuscostumes e de sua identidade diante de muitas lutas durante toda a história do Brasil

Existe também outra importante dança ritual realizada pelos povos indígenas do Alto Xingu, chamada Quarup, nome de uma madeira que representa o espírito dos mortos. O seu ritual é constituído pelo tronco da madeira decorado com pinturas específicas que diferenciam a posição de cada um na aldeia, nas cores amarela e vermelha e os seus principais objetos. Quarup é madeira que dá nome ao ritual indígena que representa a despedida dos mortos. Várias aldeias amigas são convidadas para evocarem, juntas, os espíritos que já partiram deste plano, figurado pelos troncos das madeiras que são organizados pelos homens no centro do terreiro, em frente às malocas. Após o Quarup ser preparado, as mulheres e crianças são trazidas e, em silêncio e em voz baixa, dedicam palavras de gratidão aos seus mortos, oferecendo cocares, braceletes e outros objetos. Ilustração:

A cerimônia do Quarup sempre acontece em noites de lua cheia por meio de danças, cânticos, rezas. Momento em que a comunidade indígena chora pela última vez a partida dos seus entes queridos. Os homens, com os corpos pintados e enfeitados, são os responsáveis por executarem a dança do fogo, trazendo nas mãos tochas acesas, e dançam cadencialmente ao som dos maracás até que o pajé, ao evocar Tupã, implora pelo ressurgimento dos mortos. Essa dança termina quando a lua atinge seu brilho mais intenso e os participantes se separam formando grupos, ficando só o pajé, juntamente com as mulheres, cantando até o amanhecer, para que os encantados voltem à vida. Nesse momento, inicia a dança da vida, quando cada homem da aldeia retorna carregando nos ombros uma grande vara verdejante, retratando a vida das últimas crianças que nasceram na comunidade, fazendo, ao redor dos quarup, um grande círculo para reverenciar os espíritos e agradecer pelos nascimentos. Em seguida, se afastam para se juntarem às suas famílias ou grupos, que, após a reverência às novas vidas, começam uma luta ritual indígena com simbolismo competitivo, própria do Quarup, denominada huka-huka. Ao final da luta ritual, os quarup são levados em procissão e festa até o rio e entregues às águas para que sejam levados para a vida em outro mundo. Encerra-se, assim, a cerimônia. Outra importante celebração indígena onde a dança se faz presente através do povo Pankararu é guiada pelos praiás, que são simbolizados por uma veste composta de uma máscara (tunã) que cobre todo o rosto do índio dançador, feita de palha de croá, saiote, coroa, rodela de plumas, feita de penas de peru, penacho de plumas que se encaixa num pequeno orifício no centro, em cima da máscara, e um tecido colorido, normalmente tecido de chita estampado ou algum pano bordado com um símbolo religioso. Na mão direita, o maracá; e, presa à máscara, uma flauta. A dança dos praiás é própria dos terreiros Pankararu, em Pernambuco, e se incorpora a uma festa que acontece, principalmente, para render homenagem a diferentes cerimônias, concedida por uma entidade sagrada, comumente chamada de encantado, cuja representação material se detém na figura do Praiá. A dança acontece em círculos, filas, fileiras e pequenos agrupamentos, sempre trazendo nos passos breves contratempos. É acompanhada de um cantador, que executa cânticos cerimoniais chamados de toantes. Esses cânticos são compostos de palavras vindas de uma língua ancestral Pankaru, de sons que representam essa língua, e também por vocábulos em português, emitidos para se adequar ao som da música de forma correspondente à linguagem ancestral. O praiá (máscara corporal, dança e toante), na sua origem, é limitado a rituais religiosos específicos (Menino do Rancho, Três Rodas, Dança dos Passos, corrida do umbu e outros) que ocorrem apenas em terreiros e aldeias Pankararu, pelo seu caráter mais sagrado.

A dança do Jaburutu também faz parte do ritual indígena brasileiro. Ela permite a participação de homens e mulheres, acontecendo no início do entardecer para espantar os maus espíritos e evocar os bons. Inicialmente é executada por dois índios adornados com seus cocares de penas, chocalhos nos tornozelos e trazendo em uma das mãos a flauta japurutu, que tem, em média, um metro e meio de comprimento, e apoiam a outra mão no ombro do parceiro, fazendo passos rápidos de marcha para um lado e para o outro, ao som do chocalho. Em seguida, cada um deles busca uma companheira que se encontra na aldeia, e ela coloca uma das mãos no ombro do parceiro ou lhe dá os braços e acompanha seus passos. Ilustração: Angélica Behrmann

 Com certeza vocês já ouviram falar nos Caboclinhos! Caboclinhos Denny Neves e Amanda Thuydyacuy. Foto: Denny Neves, Carnaval de Recife, 2018 Os caboclinhos, reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), são uma expressão da cultura popular de tradição centenária, sobretudo em Pernambuco. O nome Caboclinho indica a reverência ao caboclo, que está presente na brincadeira, bem como o culto à Jurema, árvore nativa do Norte e do Nordeste do Brasil, considerada sagrada e base de um chá usado em rituais. A brincadeira também se refere à colonização do território brasileiro. Essa manifestação popular, presente também no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Alagoas e Minas Gerais, é classificada pelos brincantes como uma homenagem aos primeiros habitantes do território que veio a se chamar Brasil. Eles se apresentam nas ruas, principalmente no carnaval, vestidos com penas e pedrarias, em uma releitura carnavalesca dos trajes indígenas tradicionais, e dançam com agilidade os diferentes toques que representam temas de rituais da população indígena. Os toques são: • Guerra: é a preparação para o combate; • Perré: para pedir a chuva; • Baião: é mais festivo, usado nas comemorações; • Toré: tem um aspecto religioso

https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/430190/2/eBook_Dan%C3%A7as_Ind%C3%ADgenas_e_Afrobrasileiras_UFBA.pdf

 

Dança Matriz Africana

Dança afro-brasileira

A dança afro-brasileira tal como se conhece hoje foi criada e sistematizada na década de 1950 pela

bailarina carioca Mercedes Baptista, a primeira negra a compor o corpo de baile e se apresentar no palco

do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ela concebeu a dança afro-brasileira como uma dança cênica,

resultante da fusão da dança moderna norte-americana com danças de matriz africana presentes no

Brasil. http://museudadanca.com.br/blog/danca-afro-brasileira/

No Brasil, a influência da cultura africana é enorme, por conta da vinda forçada de milhares de africanos

que vieram ao Brasil para serem escravizados.

Dessa forma, foram criados diversos gêneros musicais e estilos de dança no país com grande influência

africana. Alguns deles são:

Capoeira: mistura música, dança, luta e jogo;

Congada: que possui caráter religioso;

Jongo: ritmo que teve bastante influência na criação do samba;

Samba: Embora o Samba seja hoje dançado em todo o território brasileiro, esta dança nasceu no Rio de Janeiro no final do século XIX, início do século XX, trazida pelos africanos chegados da Bahia. Essa dança era ritmada graças a frases curtas e refrões anônimos que, aos poucos, foi adicionando outros gêneros musicais à sua base – caso do lundu, xote, polca e maxixe – resultando no Samba carioca e carnavalesco que conhecemos hoje. Graças ao seu batuque inconfundível e contagiante, a sua difusão foi imediata e de enorme impacto – em 1917 gravou-se, em disco, o primeiro Samba. Chamava-se “Pelo Telefone” e nunca mais deixou de tocar, graças também à inauguração da rádio em 1922.

Samba de roda: surgida na Bahia, no século XVII, hoje é integra o Patrimônio Imaterial da Humanidade.

Os tipos de samba, se confundem com a dança e o estilo da música, pois cada passo encenado é acompanhado de frases marcantes que fazem parte do repertório das músicas de samba.

 

Samba de Gafieira: seu surgimento aconteceu no Rio de Janeiro, na década de 40, e é um ritmo tocado com trompetes, saxofones e trombones. Pode ser dançado, sendo uma de suas principais características o jeito malandro, protetor e elegante do dançarino com a sua parceira. Ele é dançado com os pés em paralelo, deslocando-os para cima e para baixo. Para dançar, utiliza-se músicas de samba choro e o samba de breque.

Samba no Pé (samba de carnaval): é um estilo de samba que pode ser executado sozinho, e o dançarino desliza graciosamente com seus pés com muito molejo. Um exemplo desse estilo pode ser visto com a dança do mestre-sala (homem) e a passista (mulher). As músicas ideais para dançar são aquelas produzidas com samba enredo ou marcha de carnaval.

Samba Rock: com a presença de guitarra para compor a música é uma dança social. Um dos principais intérpretes é Jorge Bem Jor. É o samba que surgiu com os frequentadores de bailes e salões, em São Paulo, no final da década de 60.

Samba Pagode: é um tipo de dança de salão que surgiu em São Paulo, na década de 70, com leves deslocamentos nos passos, pode-se dançar a dois. Já como gênero musical, o pagode é tocado com instrumentos musicais como banjo, tantan e repique de mão. Com uma temática romântica e engraçada tem como exemplo, grupos como Raça Negra, Fundo de Quintal, Travessos, Sorriso Maroto, Thiaguinho, etc.

Samba de Roda: É o samba raiz, tradicionalmente produzido no Brasil. Inclusive, foi considerado patrimônio da humanidade, pela Unesco. Os primeiros indícios desse tipo de samba foi realizado na Bahia aproximadamente em 1860. A partir daí, pouco depois, no Rio de Janeiro. Os dançarinos começam devagar e depois avançam, repetindo os passos com o refrão. Muitas músicas tinham versos que falavam sobre a história dos africanos.

Samba Reggae (Axé Dance): é um estilo musical e também uma dança típica baiana. Formada por batidas latinas e instrumentos para tocar samba. É um estilo que pode ser encontrado nas músicas de Daniela Mercury, Olodum, Timbadala, Araketu, por exemplo.

Samba de Breque: são frases faladas no meio da música que dão ar de graça. Foi entrando em desuso por causa dos outros tipos de samba que surgiram. Esse estilo é encontrado em músicas de Moreira da Silva e Germano Mathias.

Samba Enredo: é um gênero musical criado na década de 1930 para complementar os desfiles das escolas de samba. Pode ser cantada por uma ou mais pessoas ao som do cavaquinho e da bateria. Geralmente, é retratada uma história, uma biografia ou acontecimentos da literatura. Exemplo de cantores desse estilo são: Neguinho da Beija Flor, Jamelão, etc.

Samba Canção: ritmo musical da década de 1930 que sofreu influência do bolero e é tocado lentamente onde o sambista retrata um romance que se tornou trágico.

Marcha de Carnaval: é própria para o carnaval. As músicas de Chiquinha Gonzaga são um ótimas para dançá-la.

Samba Internacional: estilo de dança que sofreu adaptações para ser dançado em concursos pelo mundo. Originou-se no Brasil, no século XX e foi influenciado pelo maxixe.

Samba de Partido Alto: consiste em uma música tocada, batendo no pandeiro com a palma da mão. São utilizados instrumentos de percussão com violão ou cavaquinho. Geralmente, os versos são improvisados e retratam a vida cotidiana dos morros. Ex.: Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, João Rodrigues de Souza (João da Gente), Jair do Cavaquinho, Arlindo Cruz, Dudu Nobre, etc.

Sambalanço(Samba de Balanço): o sambalanço surgiu nas boates do Rio e São Paulo, nos anos 50. Com leve influência da bossa nova e do jazz. Um dos principais representantes é o Jorge Ben Jor.

Samba Funk: é a união do samba com o funk americano. Foi criado na década de 60 por Don Salvador e seu grupo chamado Abolição. Outro artista famoso que cantava música neste estilo era Tim Maia

https://www.todamateria.com.br/dancas-africanas/

https://passobase.com/artigos/samba-balancar-brasileiro

https://dancas-tipicas.info/regiao-sudeste/samba.html

Dança Matriz europeia

 

Maracatu: Significa Batuque

O Maracatu, expressão da cultura popular brasileira praticada no Brasil com os africanos, surgiu como forma de manter viva a tradição da coroação do rei do Congo, no período escravocrata, entre os séculos XVI e XVII, em Pernambuco, principalmente nas cidades de Recife e Olinda, e traz na sua configuração traços da cultura indígena, africana e europeia. O Rei do Congo era o responsável por comandar os escravos negros trazidos para o Brasil. Dama do Paço.

O esclarecimento mais disseminado, a partir de diversos estudos acerca da origem do Maracatu, é que teria surgido a partir da coroação do Rei do Congo. Manifestação aqui estabelecida, possivelmente, pelos colonizadores portugueses e permitida pelos senhores dos escravos. Não somente os reis, mas também as rainhas do Congo eram lideranças políticas entre os cativos e se encontravam entre o poder da esfera colonial e os negros africanos. Ao longo do tempo, estabeleceu-se um forte elo com a religião de matriz africana e depois da abolição da escravatura, no final do século XVIII, passou a se inserir no carnaval recifense. Fazem parte do cortejo os seguintes personagens históricos:

• Porta-bandeira ou porta-estandarte: se veste à moda de Luís XV. No estandarte, além do nome da agremiação, também consta o ano da sua criação.

 • Realeza: o rei e a rainha (o rei e a rainha do maracatu são títulos conquistados de forma hereditária).

 • Dama do paço: são uma ou duas e carregam a calunga.

• Calunga: boneca negra que representa um ancestral.

 • Corte: formada pelo casal de duques, o casal de príncipes e o embaixador. A figura do embaixador não é obrigatória.

 • Escravo: carrega um pálio ou um guarda-sol que protege a realeza.

• Baianas: conhecidas como Yabás, cantam e executam danças com referências no candomblé.

 • Caboclo de pena: representa os índios.

• Batuqueiros: utilizam os instrumentos e são os responsáveis pelo ritmo da dança.

• Catirinas ou escravas: dançarinas que puxam a dança.

https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/430190/2/eBook_Dan%C3%A7as_Ind%C3%ADgenas_e_Afrobrasileiras_UFBA.pdf

 

A quadrilha teve origem na Inglaterra, no século XIII. Posteriormente, ela foi incorporada e adaptada à cultura francesa e se desenvolvendo nas danças de salão a partir do século XVIII.

Assim, a quadrilha se tornou popular entre os membros da nobreza europeia. Com sua disseminação na Europa, a quadrilha chegou a Portugal.

A partir do século XIX, a dança se popularizou no Brasil mediante influência da corte portuguesa, sendo muito bem recebida pela nobreza no Rio de Janeiro, então sede da Corte.

Embora fosse uma dança dos meios aristocráticos, mais tarde a quadrilha conquistou o povo e adquiriu um significado novo e mais popular.

Dessa maneira, se popularizou nos meios rurais como um festejo para agradecer a colheita e, ainda, homenagear os santos populares.

quadrilha é uma dança tradicional das festas juninas que ocorrem no mês de junho no Brasil. Ela é uma dança coletiva, que conta com a participação de vários casais vestidos com roupas caipiras. A dança é embalada ao som de músicas instrumentais típicas do interior do Brasil. A quadrilha é dirigida pela narração de uma pessoa (marcador), que faz brincadeiras e conduz os casais em cada momento.

De acordo com historiados e pesquisadores da cultura popular, a quadrilha surgiu na França do século XVIII. Principalmente em Paris ocorriam danças coletivas, formadas geralmente por quatro casais, que tinham o nome de quadrille. Estas danças ocorriam em grandes salões palacianos e contavam com a participação exclusivamente de membros da aristocracia francesa.

A quadrilha chegou ao Brasil no final da década de 1820 e, assim como em seu país de origem, foi muito comum entre as classes sociais mais ricas da sociedade brasileira da época (principalmente entre os integrantes da corte brasileira residente no Rio de Janeiro). Foi somente no final do século XIX que a quadrilha se popularizou e tornou-se comum entre as camadas populares da sociedade. Porém, ao tornar-se popular, agregou diversos elementos culturais populares, principalmente os relacionados às tradições e modo de vida no campo. Ganhou também, neste momento, um caráter mais divertido, com pitadas de momentos descontraídos e engraçados.

A partir do início do século XX, as quadrilhas se espalharam por várias regiões do Brasil, sendo até hoje muito populares tanto nas cidades do interior quanto nas grandes capitais. Porém, em cada região ela assumiu aspectos específicos da cultura popular típica da cidade ou estado. A beleza desta dança está justamente nestes aspectos populares e culturais múltiplos e diversos, que enchem a dança de cores, músicas e ricos elementos culturais.

 

Quadrilha junina na atualidade

Atualmente a quadrilha é o ponto alto das festas juninas brasileiras. Ocorrem, principalmente, em escolas, empresas, clubes e associações culturais. Os locais em que ocorrem são enfeitados com bandeirinhas e balões, símbolos típicos das festas juninas. Em áreas abertas, a fogueira também costuma estar presente.

Os dançarinos se vestem com roupas caipiras antigas. As mulheres (damas) fazem maquiagem e os homens (cavalheiros) pintam bigodes e cavanhaques. O chapéu de palha também é um adereço quase que obrigatório para os dançarinos da quadrilha.

A temática mais comum nas quadrilhas atuais é a do casamento a moda antiga das áreas interioranas do Brasil. Com um tom cheio de comédia e marcado por exageros, o noivo é praticamente obrigado a casar com a noiva, sob a pressão do pai dela e do delegado da cidade.

 

Principais personagens da quadrilha tradicional:

 Marcador da quadrilha (narrador da dança): pode ou não fazer parte da dança.

- Casal de noivos

- Padre

- Delegado

 - Padrinhos

- Casais convidados para a festa de casamento

Principais momentos e passos da dança da quadrilha junina tradicional (comandos do marcador):

- Casamento dos noivos

- Balancê: balanço do corpo no ritmo da música.

- Cumprimento as damas: cavalheiros cumprimentam as damas.

- Cumprimento aos cavalheiros: damas cumprimentam as damas.

- Grande passeio pela roça

- Túnel: casais passam por baixo de um túnel formado pelos outros casais.

- Caminho da roça

- Olha a chuva: "já passou"

- Olha a cobra: "é mentira"

- Formação de um caracol pelos casais

- Coroação de damas e cavalheiros

- Despedida

 

Última revisão: 20/09/2019

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Por Jefferson Evandro Machado Ramos

Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).

 

O Carnaval é uma festa popular tradicionalmente cristã, apesar de algumas de suas características remontarem a celebrações realizadas por diferentes povos pagãos na Antiguidade. A relação entre o Carnaval e o cristianismo está na proposta da Igreja de canalizar os “impulsos carnais” dos fiéis em uma data apenas, para, depois, impô-los um período de restrição e jejum.

 

Considerando a Antiguidade, podemos traçar aproximações do Carnaval com celebrações de diversos povos, tais como os mesopotâmicos, gregos e romanos. No caso daqueles, podemos mencionar uma festa conhecida como Sacéias. Nela, um prisioneiro era escolhido para substituir o rei durante cinco dias. Nesse período, inicialmente, o prisioneiro desfrutava do poder e dos privilégios reais, mas, no fim, era espancado e executado.

 

A ideia central das Sacéias engloba um elemento herdado pelo Carnaval cristão da Idade Média: a ideia do mundo invertido. Lembremos que o prisioneiro transformava-se em rei durante cinco dias, para ser sacrificado em seguida. Essa lógica está presente no Carnaval até hoje, quando as pessoas fantasiam-se e assumem um papel que não é o delas, por exemplo.

O Carnaval chegou ao Brasil por meio dos portugueses, e isso aconteceu no período da colonização. Uma das primeiras manifestações carnavalescas aqui foi o entrudo, uma festa que existia em Portugal e que foi trazida para cá entre os séculos XVI e XVII, tornando-se bastante praticada pela camada popular.

 

Nessa festa, as pessoas saíam às ruas para sujarem umas às outras utilizando-se de águas perfumadas, líquidos malcheirosos, como urina, ou até mesmo lama. Era um momento de zombaria que podia ser realizado contra transeuntes que estavam na rua ou que podia focar-se em uma pessoa específica. Essa prática existiu aqui até meados do século XX.

 

Com o tempo, passaram a surgir grupos carnavalescos que conduziam as festas de rua. No século XX, os carros alegóricos e o samba tornaram-se fundamentais para o carnaval brasileiro, que, desde a década de 1930, tornou-se a festa popular mais importante de nosso país.

 

Bullying - O termo surgiu a partir da palavra em inglês bully, que possui diversos significados

na língua portuguesa, como, por exemplo: ameaçar, oprimir, maltratar, intimidar, brigão,

valentão etc. É uma prática que envolve ações intencionais de ameaça, violência, intimidação,

maus tratos, assédio moral, entre outros, de forma recorrente, contra uma pessoa

DIANA, D. Bullying. Toda Matéria. Disponível em:

<https://www.todamateria.com.br/bullying/> Acesso em: 16 mar. 2020.

PORFIRIO, F. Bullying. Brasil Escola. Disponível em:

<https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm>. Acesso em: 16 mar. 2020.

Bullying. Enciclopédia Britannica Escola/CAPES. Disponível em:

<https://escola.britannica.com.br/artigo/bullying/603329#toc-309960>. Acesso em 06

abr. 2020.

 

Observações:

Pesquise também em revistas, livros, internet etc., de uma dança folclórica de acordo com as indicações:

Fontes de pesquisa poderão utilizar: pesquisa in loco, entrevistas, dados oficiais em sites de organizações reconhecidas e do governo, registros históricos (fotografias, filmagens, relatos e objetos) disponibilizados em sites e em instituições (museus, centros culturais), sites especializados e sites oficiais, livros, reportagens, documentários, DVDs, entre outros.

A pesquisa deve trazer informações como:

As pesquisas devem trazer informações como:

• Nome da dança;

• Local (estado, cidade ou região onde é praticada);

• Descrição da coreografia (velocidade, ritmo, coreografia etc.);

• Quem são os participantes (casais, apenas homens ou mulheres etc.);

• Instrumentos;

• Figurino e adereços;

• Quando ocorre;

• Transformações no decorrer do tempo (exemplos: inclusão/exclusão/alteração de

gênero, adereços, instrumentos, coreografia, horário, data etc.);

• Outras informações que acharem pertinentes.

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