Professor
(a): Solange Cabral de Deus
Turma:6º
A, B, C e D
Disciplina:
Arte
Canal
de resposta: solangedeus@professor.educacao.sp.gov.br
solangedeus@prof.educacao.sp.gov.br
Prazo
de envio: Uma semana após a postagem
Período
de envio: 29/06 À 03/07/2020
Tempo:
1h50m.
Material
utilizado: Material escolar e do aluno
Tema:
Origem de cultura brasileiras
Habilidades:
(EF69AR34)
Linguagem:
Dança
Objetos
de conhecimento
●
patrimônio cultural - material e imaterial de culturas diversas, em especial a
brasileira
●
matrizes indígenas, africanas e europeias
Objetivo:
Analisar
e valorizar cultura imaterial brasileiras.
Tarefa:
Atividade 1
A
proposta desta atividade é uma análise do patrimônio cultural imaterial por
meio de danças brasileiras de Matrizes indígenas, africanas e europeias,
explorando informações e conteúdos disponíveis na atividade.
Apreciação:
https://www.youtube.com/watch?v=NGojAYD7zi8
Após analisar os conteúdos, responda:
1-O
que você pensa sobre Patrimônio Cultural Imaterial? Apresente um exemplo.
2-O
que você entende sobre Matriz?Você percebeu no momento de apreciação a
influência de alguma Matriz? Comentem
3.
Que elementos distinguem uma dança de origem indígena de uma dança de origem
africana?
4.
Que elementos distinguem uma dança de origem indígena de uma dança europeia?
5.
Que elementos distinguem uma dança de origem africana de uma dança europeia?
6.
Quais elementos, das danças analisadas você percebeu que mudaram com o passar
do tempo?
7. Cite
órgão (os) de registros ou que ajudaa preservar as tradições populares?
8-
Pesquise e descreva uma dança e sua Matriz.
Orientações:
Conteúdo
Patrimônio
Cultural Material e Imaterial
Patrimônio
cultural é o algo representativo que faz parte da história de uma
cultura.
De
acordo com o Decreto, o Patrimônio Cultural é definido como um conjunto de bens
móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação é de interesse público,
quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu
excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. São
também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, sítios e paisagens que
importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados
pela natureza ou criados pela indústria humana.
O
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma
autarquia federal vinculada ao Ministério do Turismo que responde pela
preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e
promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto para
as gerações presentes e futuras.
O
patrimônio material protegido pelo Iphan é composto por um conjunto de
bens culturais classificados segundo sua natureza, conforme os quatro Livros do
Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das
artes aplicadas.
Bens
culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e
domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer;
celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos
lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais
coletivas). Desta forma a dança faz parte do patrimônio cultural imaterial.
Dança
Matriz indígena
A
dança, assim como a música, representa batalhas, caçadas, colheitas e é
apresentada com os pés descalços.
A
dança indígena, nas suas devidas comunidades, é uma poderosa linguagem e sempre
celebra determinado acontecimento em relação à vida e aos costumes indígenas e
se refere a ciclos da natureza como forma de agradecer a colheita, para marcar
a passagem da jovem a vida adulta, homenagear os mortos, saudar aqueles
que chegam à aldeia e outros motivos especiais e sagrados. Diferentes
etnias indígenas praticam suas danças de forma circular, e, durante os
rituais, quase sempre estão com os joelhos fletidos, batendo um dos pés
no chão, com o tronco levemente flexionado para frente, num compasso
binário, para marcar o ritmo da música. A organização espacial se orienta
em filas e fileiras com deslocamentos em diferentes direções e os movimentos
coordenados se fazem presentes. O que muda é justamente o que ela está
representando, por isso a utilização da música com diversos instrumentos, o
canto, a pintura corporal e outras expressões artísticas determinam o
significado de uma dança para a outra, manifestando a ligação desses povos não
somente com os seus ancestrais, mas com a natureza, promovendo, assim, a
interação entre as comunidades e o fortalecimento dos laços de união na
manutenção das suas tradições culturais, afirmando suas identidades. Uma das
danças rituais mais conhecidas realizadas pelos indígenas se chama TORÉ. Para o povo indígena, o Toré é uma dança
ritual, comum a todas as comunidades da América, onde os participantes emitem
canções tradicionais e ancestrais na busca de integração com a natureza. O Toré
também incorpora práticas religiosas secretas, onde só os índios participam. É
realizado em espaço aberto tanto por homens quanto por mulheres que se
organizam circularmente e giram em torno do centro e também de si próprio,
pisando fortemente o solo, marcando o ritmo da dança, acompanhado pela maracá e
algumas vezes pelo tambor, ao comando do líder do grupo. Glossário Maracá –
instrumento musical indígena, classificado como idiofone de agitamento, feito
com cabaça, sementes ou grãos secos que funciona como um chocalho. Apesar de
servir para puxar a dança, o maracá é, sobretudo, um instrumento mágico usado
pelos pajés para trazer os bons espíritos e se defender dos maus. Maracás
Cariri Xocó.
A principal finalidade do Toré é promover a
comunicação com os encantados e pode ser celebrado a partir de uma atividade
religiosa, de penitência, resgate dos antepassados, confraternização, relação
com a natureza. Também é reconhecido como símbolo da resistência indígena, principalmente
no Nordeste, unindo os povos das aldeias. Seus cantos apresentam parte da
cultura autóctone dos povos e representam culturas específicas que resistem
histórica e socialmente, atestando a conquista do seu espaço e a preservação de
seuscostumes e de sua identidade diante de muitas lutas durante toda a história
do Brasil
Existe
também outra importante dança ritual realizada pelos povos indígenas do Alto
Xingu, chamada Quarup, nome de uma madeira que representa o espírito dos
mortos. O seu ritual é constituído pelo tronco da madeira decorado com pinturas
específicas que diferenciam a posição de cada um na aldeia, nas cores amarela e
vermelha e os seus principais objetos. Quarup é madeira que dá nome ao ritual
indígena que representa a despedida dos mortos. Várias aldeias amigas são
convidadas para evocarem, juntas, os espíritos que já partiram deste plano,
figurado pelos troncos das madeiras que são organizados pelos homens no centro
do terreiro, em frente às malocas. Após o Quarup ser preparado, as mulheres e
crianças são trazidas e, em silêncio e em voz baixa, dedicam palavras de
gratidão aos seus mortos, oferecendo cocares, braceletes e outros objetos.
Ilustração:
A
cerimônia do Quarup sempre acontece em noites de lua cheia por meio de danças,
cânticos, rezas. Momento em que a comunidade indígena chora pela última vez a
partida dos seus entes queridos. Os homens, com os corpos pintados e
enfeitados, são os responsáveis por executarem a dança do fogo, trazendo nas
mãos tochas acesas, e dançam cadencialmente ao som dos maracás até que o pajé,
ao evocar Tupã, implora pelo ressurgimento dos mortos. Essa dança termina
quando a lua atinge seu brilho mais intenso e os participantes se separam
formando grupos, ficando só o pajé, juntamente com as mulheres, cantando até o
amanhecer, para que os encantados voltem à vida. Nesse momento, inicia a dança
da vida, quando cada homem da aldeia retorna carregando nos ombros uma grande
vara verdejante, retratando a vida das últimas crianças que nasceram na
comunidade, fazendo, ao redor dos quarup, um grande círculo para reverenciar os
espíritos e agradecer pelos nascimentos. Em seguida, se afastam para se
juntarem às suas famílias ou grupos, que, após a reverência às novas vidas,
começam uma luta ritual indígena com simbolismo competitivo, própria do Quarup,
denominada huka-huka. Ao final da luta ritual, os quarup são levados em
procissão e festa até o rio e entregues às águas para que sejam levados para a
vida em outro mundo. Encerra-se, assim, a cerimônia. Outra importante
celebração indígena onde a dança se faz presente através do povo Pankararu é
guiada pelos praiás, que são simbolizados por uma veste composta de uma máscara
(tunã) que cobre todo o rosto do índio dançador, feita de palha de croá,
saiote, coroa, rodela de plumas, feita de penas de peru, penacho de plumas que
se encaixa num pequeno orifício no centro, em cima da máscara, e um tecido
colorido, normalmente tecido de chita estampado ou algum pano bordado com um
símbolo religioso. Na mão direita, o maracá; e, presa à máscara, uma flauta. A
dança dos praiás é própria dos terreiros Pankararu, em Pernambuco, e se
incorpora a uma festa que acontece, principalmente, para render homenagem a
diferentes cerimônias, concedida por uma entidade sagrada, comumente chamada de
encantado, cuja representação material se detém na figura do Praiá. A dança
acontece em círculos, filas, fileiras e pequenos agrupamentos, sempre trazendo
nos passos breves contratempos. É acompanhada de um cantador, que executa
cânticos cerimoniais chamados de toantes. Esses cânticos são compostos de
palavras vindas de uma língua ancestral Pankaru, de sons que representam essa
língua, e também por vocábulos em português, emitidos para se adequar ao som da
música de forma correspondente à linguagem ancestral. O praiá (máscara
corporal, dança e toante), na sua origem, é limitado a rituais religiosos
específicos (Menino do Rancho, Três Rodas, Dança dos Passos, corrida do umbu e
outros) que ocorrem apenas em terreiros e aldeias Pankararu, pelo seu caráter
mais sagrado.
A
dança do Jaburutu também faz parte do ritual indígena brasileiro. Ela permite a
participação de homens e mulheres, acontecendo no início do entardecer para
espantar os maus espíritos e evocar os bons. Inicialmente é executada por dois
índios adornados com seus cocares de penas, chocalhos nos tornozelos e trazendo
em uma das mãos a flauta japurutu, que tem, em média, um metro e meio de
comprimento, e apoiam a outra mão no ombro do parceiro, fazendo passos rápidos
de marcha para um lado e para o outro, ao som do chocalho. Em seguida, cada um
deles busca uma companheira que se encontra na aldeia, e ela coloca uma das
mãos no ombro do parceiro ou lhe dá os braços e acompanha seus passos.
Ilustração: Angélica Behrmann
Com certeza vocês já ouviram falar nos
Caboclinhos! Caboclinhos Denny Neves e Amanda Thuydyacuy. Foto: Denny Neves,
Carnaval de Recife, 2018 Os caboclinhos, reconhecidos como Patrimônio Cultural
Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), são uma expressão da cultura popular de tradição centenária, sobretudo
em Pernambuco. O nome Caboclinho indica a reverência ao caboclo, que está
presente na brincadeira, bem como o culto à Jurema, árvore nativa do Norte e do
Nordeste do Brasil, considerada sagrada e base de um chá usado em rituais. A
brincadeira também se refere à colonização do território brasileiro. Essa
manifestação popular, presente também no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em
Alagoas e Minas Gerais, é classificada pelos brincantes como uma homenagem aos
primeiros habitantes do território que veio a se chamar Brasil. Eles se
apresentam nas ruas, principalmente no carnaval, vestidos com penas e
pedrarias, em uma releitura carnavalesca dos trajes indígenas tradicionais, e
dançam com agilidade os diferentes toques que representam temas de rituais da
população indígena. Os toques são: • Guerra: é a preparação para o combate; •
Perré: para pedir a chuva; • Baião: é mais festivo, usado nas comemorações; •
Toré: tem um aspecto religioso
Dança
Matriz Africana
Dança
afro-brasileira
A
dança afro-brasileira tal como se conhece hoje foi criada e sistematizada na
década de 1950 pela
bailarina
carioca Mercedes Baptista, a primeira negra a compor o corpo de baile e se
apresentar no palco
do
Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ela concebeu a dança afro-brasileira como
uma dança cênica,
resultante
da fusão da dança moderna norte-americana com danças de matriz africana
presentes no
Brasil.
http://museudadanca.com.br/blog/danca-afro-brasileira/
No
Brasil, a influência da cultura africana é enorme, por conta da vinda forçada
de milhares de africanos
que
vieram ao Brasil para serem escravizados.
Dessa
forma, foram criados diversos gêneros musicais e estilos de dança no país com
grande influência
africana.
Alguns deles são:
Capoeira:
mistura música, dança, luta e jogo;
Congada: que
possui caráter religioso;
Jongo:
ritmo que teve bastante influência na criação do samba;
Samba:
Embora o Samba seja hoje dançado em todo o território brasileiro, esta dança
nasceu no Rio de Janeiro no final do século XIX, início do século XX, trazida
pelos africanos chegados da Bahia. Essa dança era ritmada graças a
frases curtas e refrões anônimos que, aos poucos, foi adicionando outros
gêneros musicais à sua base – caso do lundu, xote, polca e maxixe – resultando
no Samba carioca e carnavalesco que conhecemos hoje. Graças ao seu batuque
inconfundível e contagiante, a sua difusão foi imediata e de enorme impacto –
em 1917 gravou-se, em disco, o primeiro Samba. Chamava-se “Pelo Telefone” e
nunca mais deixou de tocar, graças também à inauguração da rádio em 1922.
Samba
de roda: surgida na Bahia, no século XVII, hoje é integra o Patrimônio
Imaterial da Humanidade.
Os
tipos de samba, se confundem com a dança e o estilo da música, pois cada passo
encenado é acompanhado de frases marcantes que fazem parte do repertório das
músicas de samba.
Samba
de Gafieira: seu surgimento aconteceu no Rio de Janeiro,
na década de 40, e é um ritmo tocado com trompetes, saxofones e trombones. Pode
ser dançado, sendo uma de suas principais características o jeito malandro,
protetor e elegante do dançarino com a sua parceira. Ele é dançado com os pés
em paralelo, deslocando-os para cima e para baixo. Para dançar, utiliza-se
músicas de samba choro e o samba de breque.
Samba
no Pé (samba de carnaval): é um estilo de samba que pode ser
executado sozinho, e o dançarino desliza graciosamente com seus pés com muito
molejo. Um exemplo desse estilo pode ser visto com a dança do mestre-sala
(homem) e a passista (mulher). As músicas ideais para dançar são aquelas
produzidas com samba enredo ou marcha de carnaval.
Samba
Rock:
com a presença de guitarra para compor a música é uma dança social. Um dos
principais intérpretes é Jorge Bem Jor. É o samba que surgiu com os
frequentadores de bailes e salões, em São Paulo, no final da década de 60.
Samba
Pagode: é um tipo de dança de salão que surgiu em São Paulo, na
década de 70, com leves deslocamentos nos passos, pode-se dançar a dois. Já
como gênero musical, o pagode é tocado com instrumentos musicais como banjo,
tantan e repique de mão. Com uma temática romântica e engraçada tem como
exemplo, grupos como Raça Negra, Fundo de Quintal, Travessos, Sorriso Maroto,
Thiaguinho, etc.
Samba
de Roda: É o samba raiz, tradicionalmente produzido no Brasil.
Inclusive, foi considerado patrimônio da humanidade, pela Unesco. Os primeiros
indícios desse tipo de samba foi realizado na Bahia aproximadamente em 1860. A
partir daí, pouco depois, no Rio de Janeiro. Os dançarinos começam devagar e
depois avançam, repetindo os passos com o refrão. Muitas músicas tinham versos
que falavam sobre a história dos africanos.
Samba
Reggae (Axé Dance): é um estilo musical e também uma dança
típica baiana. Formada por batidas latinas e instrumentos para tocar samba. É
um estilo que pode ser encontrado nas músicas de Daniela Mercury, Olodum,
Timbadala, Araketu, por exemplo.
Samba
de Breque: são frases faladas no meio da música que dão ar de
graça. Foi entrando em desuso por causa dos outros tipos de samba que surgiram.
Esse estilo é encontrado em músicas de Moreira da Silva e Germano Mathias.
Samba
Enredo: é um gênero musical criado na década de 1930 para
complementar os desfiles das escolas de samba. Pode ser cantada por uma ou mais
pessoas ao som do cavaquinho e da bateria. Geralmente, é retratada uma
história, uma biografia ou acontecimentos da literatura. Exemplo de cantores
desse estilo são: Neguinho da Beija Flor, Jamelão, etc.
Samba
Canção: ritmo musical da década de 1930 que sofreu influência do
bolero e é tocado lentamente onde o sambista retrata um romance que se tornou
trágico.
Marcha
de Carnaval: é própria para o carnaval. As músicas de
Chiquinha Gonzaga são um ótimas para dançá-la.
Samba
Internacional: estilo de dança que sofreu adaptações para
ser dançado em concursos pelo mundo. Originou-se no Brasil, no século XX e foi
influenciado pelo maxixe.
Samba
de Partido Alto: consiste em uma música tocada, batendo no pandeiro com a palma
da mão. São utilizados instrumentos de percussão com violão ou cavaquinho.
Geralmente, os versos são improvisados e retratam a vida cotidiana dos morros.
Ex.: Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, João Rodrigues de Souza (João da Gente),
Jair do Cavaquinho, Arlindo Cruz, Dudu Nobre, etc.
Sambalanço(Samba
de Balanço): o sambalanço surgiu nas boates do Rio e São Paulo, nos anos 50.
Com leve influência da bossa nova e do jazz. Um dos principais representantes é
o Jorge Ben Jor.
Samba
Funk: é a união do samba com o funk americano. Foi criado na
década de 60 por Don Salvador e seu grupo chamado Abolição. Outro artista
famoso que cantava música neste estilo era Tim Maia
https://www.todamateria.com.br/dancas-africanas/
https://passobase.com/artigos/samba-balancar-brasileiro
https://dancas-tipicas.info/regiao-sudeste/samba.html
Dança
Matriz europeia
Maracatu:
Significa Batuque
O
Maracatu, expressão da cultura popular brasileira praticada no Brasil com os
africanos, surgiu como forma de manter viva a tradição da coroação do rei do
Congo, no período escravocrata, entre os séculos XVI e XVII, em Pernambuco,
principalmente nas cidades de Recife e Olinda, e traz na sua configuração
traços da cultura indígena, africana e europeia. O Rei do Congo era o
responsável por comandar os escravos negros trazidos para o Brasil. Dama do
Paço.
O
esclarecimento mais disseminado, a partir de diversos estudos acerca da origem
do Maracatu, é que teria surgido a partir da coroação do Rei do Congo.
Manifestação aqui estabelecida, possivelmente, pelos colonizadores portugueses
e permitida pelos senhores dos escravos. Não somente os reis, mas também as
rainhas do Congo eram lideranças políticas entre os cativos e se encontravam
entre o poder da esfera colonial e os negros africanos. Ao longo do tempo,
estabeleceu-se um forte elo com a religião de matriz africana e depois da
abolição da escravatura, no final do século XVIII, passou a se inserir no
carnaval recifense. Fazem parte do cortejo os seguintes personagens históricos:
•
Porta-bandeira ou porta-estandarte: se veste à moda de Luís XV. No estandarte,
além do nome da agremiação, também consta o ano da sua criação.
• Realeza: o rei e a rainha (o rei e a rainha
do maracatu são títulos conquistados de forma hereditária).
• Dama do paço: são uma ou duas e carregam a
calunga.
•
Calunga: boneca negra que representa um ancestral.
• Corte: formada pelo casal de duques, o casal
de príncipes e o embaixador. A figura do embaixador não é obrigatória.
• Escravo: carrega um pálio ou um guarda-sol
que protege a realeza.
•
Baianas: conhecidas como Yabás, cantam e executam danças com referências no
candomblé.
• Caboclo de pena: representa os índios.
•
Batuqueiros: utilizam os instrumentos e são os responsáveis pelo ritmo da
dança.
•
Catirinas ou escravas: dançarinas que puxam a dança.
A
quadrilha teve origem na Inglaterra, no século XIII.
Posteriormente, ela foi incorporada e adaptada à cultura francesa e se
desenvolvendo nas danças de salão a partir do século XVIII.
Assim,
a quadrilha se tornou popular entre os membros da nobreza europeia. Com sua
disseminação na Europa, a quadrilha chegou a Portugal.
A
partir do século XIX, a dança se popularizou no Brasil mediante influência da
corte portuguesa, sendo muito bem recebida pela nobreza no Rio de Janeiro,
então sede da Corte.
Embora
fosse uma dança dos meios aristocráticos, mais tarde a quadrilha conquistou o
povo e adquiriu um significado novo e mais popular.
Dessa
maneira, se popularizou nos meios rurais como um festejo para agradecer a
colheita e, ainda, homenagear os santos populares.
quadrilha
é uma dança tradicional das festas juninas que ocorrem no mês de junho no
Brasil. Ela é uma dança coletiva, que conta com a participação de vários
casais vestidos com roupas caipiras. A dança é embalada ao som de
músicas instrumentais típicas do interior do Brasil. A quadrilha é dirigida
pela narração de uma pessoa (marcador), que faz brincadeiras e conduz os casais
em cada momento.
De
acordo com historiados e pesquisadores da cultura popular, a quadrilha surgiu
na França do século XVIII. Principalmente em Paris ocorriam danças coletivas,
formadas geralmente por quatro casais, que tinham o nome de quadrille. Estas
danças ocorriam em grandes salões palacianos e contavam com a participação
exclusivamente de membros da aristocracia francesa.
A
quadrilha chegou ao Brasil no final da década de 1820 e, assim como em seu país
de origem, foi muito comum entre as classes sociais mais ricas da sociedade
brasileira da época (principalmente entre os integrantes da corte brasileira
residente no Rio de Janeiro). Foi somente no final do século XIX que a
quadrilha se popularizou e tornou-se comum entre as camadas populares da
sociedade. Porém, ao tornar-se popular, agregou diversos elementos culturais
populares, principalmente os relacionados às tradições e modo de vida no campo.
Ganhou também, neste momento, um caráter mais divertido, com pitadas de
momentos descontraídos e engraçados.
A
partir do início do século XX, as quadrilhas se espalharam por várias regiões
do Brasil, sendo até hoje muito populares tanto nas cidades do interior quanto
nas grandes capitais. Porém, em cada região ela assumiu aspectos específicos da
cultura popular típica da cidade ou estado. A beleza desta dança está
justamente nestes aspectos populares e culturais múltiplos e diversos, que
enchem a dança de cores, músicas e ricos elementos culturais.
Quadrilha
junina na atualidade
Atualmente
a quadrilha é o ponto alto das festas juninas brasileiras. Ocorrem,
principalmente, em escolas, empresas, clubes e associações culturais. Os locais
em que ocorrem são enfeitados com bandeirinhas e balões, símbolos típicos das
festas juninas. Em áreas abertas, a fogueira também costuma estar presente.
Os
dançarinos se vestem com roupas caipiras antigas. As mulheres (damas) fazem
maquiagem e os homens (cavalheiros) pintam bigodes e cavanhaques. O chapéu de
palha também é um adereço quase que obrigatório para os dançarinos da
quadrilha.
A
temática mais comum nas quadrilhas atuais é a do casamento a moda antiga das
áreas interioranas do Brasil. Com um tom cheio de comédia e marcado por
exageros, o noivo é praticamente obrigado a casar com a noiva, sob a pressão do
pai dela e do delegado da cidade.
Principais
personagens da quadrilha tradicional:
Marcador da quadrilha (narrador da dança):
pode ou não fazer parte da dança.
-
Casal de noivos
-
Padre
-
Delegado
- Padrinhos
-
Casais convidados para a festa de casamento
Principais
momentos e passos da dança da quadrilha junina tradicional (comandos do
marcador):
-
Casamento dos noivos
-
Balancê: balanço do corpo no ritmo da música.
-
Cumprimento as damas: cavalheiros cumprimentam as damas.
-
Cumprimento aos cavalheiros: damas cumprimentam as damas.
-
Grande passeio pela roça
-
Túnel: casais passam por baixo de um túnel formado pelos outros casais.
-
Caminho da roça
-
Olha a chuva: "já passou"
-
Olha a cobra: "é mentira"
-
Formação de um caracol pelos casais
-
Coroação de damas e cavalheiros
-
Despedida
Última
revisão: 20/09/2019
___________________________________
Por
Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado
em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
O
Carnaval é uma festa popular tradicionalmente cristã, apesar de
algumas de suas características remontarem a celebrações realizadas por
diferentes povos pagãos na Antiguidade. A relação entre o Carnaval e o
cristianismo está na proposta da Igreja de canalizar os “impulsos carnais” dos
fiéis em uma data apenas, para, depois, impô-los um período de restrição e
jejum.
Considerando
a Antiguidade, podemos traçar aproximações do Carnaval com celebrações de
diversos povos, tais como os mesopotâmicos, gregos e romanos. No caso daqueles,
podemos mencionar uma festa conhecida como Sacéias. Nela, um prisioneiro era
escolhido para substituir o rei durante cinco dias. Nesse período,
inicialmente, o prisioneiro desfrutava do poder e dos privilégios reais, mas,
no fim, era espancado e executado.
A
ideia central das Sacéias engloba um elemento herdado pelo Carnaval cristão da
Idade Média: a ideia do mundo invertido. Lembremos que o prisioneiro
transformava-se em rei durante cinco dias, para ser sacrificado em seguida.
Essa lógica está presente no Carnaval até hoje, quando as pessoas fantasiam-se
e assumem um papel que não é o delas, por exemplo.
O
Carnaval chegou ao Brasil por meio dos portugueses, e isso aconteceu no período
da colonização. Uma das primeiras manifestações carnavalescas aqui foi o
entrudo, uma festa que existia em Portugal e que foi trazida para cá entre os
séculos XVI e XVII, tornando-se bastante praticada pela camada popular.
Nessa
festa, as pessoas saíam às ruas para sujarem umas às outras utilizando-se de
águas perfumadas, líquidos malcheirosos, como urina, ou até mesmo lama. Era um
momento de zombaria que podia ser realizado contra transeuntes que estavam na
rua ou que podia focar-se em uma pessoa específica. Essa prática existiu aqui
até meados do século XX.
Com
o tempo, passaram a surgir grupos carnavalescos que conduziam as festas de rua.
No século XX, os carros alegóricos e o samba tornaram-se fundamentais para o
carnaval brasileiro, que, desde a década de 1930, tornou-se a festa popular
mais importante de nosso país.
Bullying - O
termo surgiu a partir da palavra em inglês bully, que possui diversos
significados
na
língua portuguesa, como, por exemplo: ameaçar, oprimir, maltratar, intimidar,
brigão,
valentão
etc. É uma prática que envolve ações intencionais de ameaça, violência,
intimidação,
maus
tratos, assédio moral, entre outros, de forma recorrente, contra uma pessoa
DIANA,
D. Bullying. Toda Matéria. Disponível em:
<https://www.todamateria.com.br/bullying/>
Acesso em: 16 mar. 2020.
PORFIRIO,
F. Bullying. Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm>.
Acesso em: 16 mar. 2020.
Bullying.
Enciclopédia Britannica Escola/CAPES. Disponível em:
<https://escola.britannica.com.br/artigo/bullying/603329#toc-309960>.
Acesso em 06
abr.
2020.
Observações:
Pesquise
também em revistas, livros, internet etc., de uma dança folclórica de acordo
com as indicações:
Fontes
de pesquisa poderão utilizar: pesquisa in loco, entrevistas, dados oficiais em
sites de organizações reconhecidas e do governo, registros históricos
(fotografias, filmagens, relatos e objetos) disponibilizados em sites e em
instituições (museus, centros culturais), sites especializados e sites
oficiais, livros, reportagens, documentários, DVDs, entre outros.
A
pesquisa deve trazer informações como:
As
pesquisas devem trazer informações como:
•
Nome da dança;
•
Local (estado, cidade ou região onde é praticada);
•
Descrição da coreografia (velocidade, ritmo, coreografia etc.);
•
Quem são os participantes (casais, apenas homens ou mulheres etc.);
•
Instrumentos;
•
Figurino e adereços;
•
Quando ocorre;
•
Transformações no decorrer do tempo (exemplos: inclusão/exclusão/alteração de
gênero,
adereços, instrumentos, coreografia, horário, data etc.);
• Outras informações que acharem pertinentes.
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